AFP
Publicada em 14/07/2022 às 10h09
A Procuradoria vai investigar o presidente peruano Pedro Castillo pelo suposto crime de tráfico de influência em um caso de promoção de integrantes das Forças Armadas e o convocou a depor em 4 de agosto, informou a instituição.
"A Procuradoria da Nação determinou deixar sem efeito o dispositivo que suspendia a investigação do presidente da República, pelo suposto crime contra a Administração Pública - Tráfico de Influências, na qualidade de autor", afirmou a Procuradoria no Twitter.
A instituição pretende "iniciar uma investigação preliminar conta o presidente, que é convocado para depor em 4 de agosto", acrescentou.
A investigação havia sido suspensa em janeiro pela ex-procuradora da nação Zoraida Ávalos, sob a alegação de que o presidente não poderia ser investigado enquanto exerce o mandato.
A Procuradoria convocou para depor os empresários Karelim López (18 de julho) e Zamir Villaverde (19 de julho), que são investigados por outro caso de suposta corrupção; o ex-secretário da presidência Bruno Pacheco (3 de agosto), foragido da justiça; e seis oficiais do exército que não tiveram os nomes revelados.
As investigações por tráfico de influência começaram após a denúncia, em dezembro, de supostas irregularidades do governo no processo de promoção de oficiais da Forças Armadas.
O advogado de Castillo, Benji Espinoza, solicitou à procuradora da nação, Patricia Benavides, que anule a decisão de iniciar a investigação preliminar do chefe de Estado.
Em 17 de junho, Castillo prestou depoimento a um promotor que o investiga por suposto tráfico de influência, organização criminosa e conluio com agravante, por um caso que envolve dois sobrinhos e dois ex-funcionários de confiança.
O mandato de Castillo, 52 anos, termina em julho de 2026.
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