AFP
Publicada em 26/08/2022 às 15h00
Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (26) a criação de um cargo de embaixador no Ártico, uma área em que Rússia e China aumentam sua presença em águas abertas pela mudança climática.
O secretário de Estado Antony Blinken designará em breve um embaixador-geral que se comprometerá com outras nações do Ártico, grupos indígenas e outras partes interessadas, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel.
"Uma região do Ártico que seja pacífica, estável, próspera e cooperativa é de importância estratégica crítica para os Estados Unidos e uma prioridade para o secretário Blinken", apontou.
O aquecimento tem aumentado no Ártico a níveis muito acima do resto do planeta, aumentando a possibilidade de que vias navegáveis outrora impenetráveis possam ser abertas para embarcações comerciais e militares.
A Rússia está intensificando sua presença perto do Polo Norte, tanto com submarinos quanto com caças, enquanto a China constrói estações de pesquisa no Ártico, amplamente vistas como um prelúdio para uma presença maior.
Em uma reunião do Conselho do Ártico no ano passado na Islândia, Blinken disse que as nações da região têm a "responsabilidade" de garantir uma "cooperação pacífica".
O anúncio do novo cargo de embaixador-geral dos EUA ocorre em um momento de negociações sobre questões do Ártico na Groenlândia.
Sete das oito nações do Conselho do Ártico suspenderam sua participação no início deste ano porque a presidência rotativa está nas mãos da Rússia, isolada pelo Ocidente após a invasão da Ucrânia.
O novo embaixador substituirá o diplomata de carreira Jim DeHart, que foi coordenador do Ártico.
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