AFP
Publicada em 01/09/2022 às 15h32
A esposa do ex-primeiro-ministro da Malásia Najib Razak, Rosmah Mansor, foi declarada culpada de corrupção nesta quinta-feira (1) e sentenciada a 10 anos de prisão, uma semana após seu marido ser preso pelo envolvimento no grande escândalo financeiro da 1MDB.
As decisões significam o fim da impunidade para o casal, por muito tempo considerado intocável apesar das múltiplas ações judiciais.
Eles negam as acusações de corrupção contra Mansor, 70 anos, extremamente impopular neste país do sudeste asiático devido a seu suposto gosto pelo luxo e por ter virado símbolo da corrupção das elites do país.
"A ré é declarada culpada de três acusações", declarou o juiz do Supremo Tribunal de Kuala Lumpur, Mohamed Zaini Mazlan.
Apesar da sentença de 10 anos, ela foi condenada a pagar uma multa de 970 milhões de ringgits (216 milhões de dólares).
Rosmah Mansor foi acusada de ter exigido um suborno de 187,5 milhões de ringgits (41,7 milhões de dólares) e recebido 6,5 milhões de ringgits (1,45 milhões de dólares) por ajudar uma empresa a conseguir um projeto de energia solar na ilha de Bornéu, durante o mandato de seu marido.
Ela deve ser julgada por outras 17 acusações, incluindo fraude fiscal e lavagem de dinheiro.
No entanto, a esposa do ex-primeiro-ministro planeja apelar para não ser presa imediatamente.
Por sua vez, o ex-primeiro-ministro, condenado em julho de 2020 a 12 anos por corrupção em um caso vinculado ao fundo estatal 1MDB, entrou na prisão no dia 23 de agosto, depois que a justiça negou um recurso.
Najib e sua comitiva foram acusados de roubar bilhões de dólares do fundo estatal 1MDB para gastar em todos os tipos de bens, desde propriedades de luxo a obras de arte.
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