G1
Publicada em 09/09/2022 às 10h15
O pagamento do Auxílio Brasil seguirá o cronograma tradicional em setembro deste ano, com os depósitos tendo início a partir do dia 19 deste mês, informou o Ministério da Cidadania. Com isso, os valores não serão antecipados.
Em agosto, o governo antecipou, de 9 a 11 dias, a depender do final do Número de Identificação Social (NIS), o calendário de pagamento do Auxílio Brasil. A mudança foi determinada em instrução normativa, publicada no "Diário Oficial da União".
Se a antecipação de agosto fosse repetida em setembro, os valores começariam a ser depositados a partir desta sexta-feira (9) para os beneficiários.
Valor
No mês passado, o valor do benefício subiu de R$ 408,80 para R$ 600, conforme proposta pelo presidente Jair Bolsonaro aprovada pelo Congresso Nacional por meio da chamada PEC Kamikaze — que prevê gastos de R$ 41,2 bilhões em medidas de auxílio à população pobre e a algumas categorias profissionais.
De acordo com analistas, a aprovação da PEC que aumenta benefícios em meio à corrida eleitoral dribla regras orçamentárias e a lei eleitoral a poucos meses de milhões de brasileiros irem às urnas.
Até o momento, porém, o adicional de R$ 200 será pago só até o final deste ano, apesar das promessas do presidente Bolsonaro e de candidatos à corrida presidencial de manter um valor maior em 2023.
A proposta de orçamento do próximo ano, enviada recentemente pelo governo federal ao Legislativo, não contempla prorrogação do benefício em R$ 600.
Quem pode receber
O Auxílio Brasil é destinado a famílias em situação de extrema pobreza. Famílias em situação de pobreza também podem receber desde que tenham, entre seus membros, gestantes ou pessoas com menos de 21 anos.
As famílias em situação de extrema pobreza são aquelas que possuem renda familiar mensal per capita de até R$ 105. As em situação de pobreza têm renda familiar mensal per capita entre R$ 105,01 e R$ 210.
Segundo dados da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania, o Nordeste é a região com o maior número de beneficiários: quase 8,6 milhões de famílias. Na sequência aparecem as regiões Sudeste (5,2 milhões), Norte (2,1 milhões), Sul (1,2 milhão) e Centro-Oeste (941 mil).
Entre os estados, a Bahia lidera no número de famílias contempladas, com 2,26 milhões ao todo. Também há mais de um milhão de contemplados nos estados de São Paulo (2,18 milhões), Pernambuco (1,44 milhão), Minas Gerais (1,43 milhão), Rio de Janeiro (1,33 milhão), Ceará (1,32 milhão), Pará (1,15 milhão) e Maranhão (1,1 milhão).
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