Redação
Publicada em 09/09/2022 às 14h19
Serviços de streaming chegaram para mudar a forma como consumimos entretenimento – não mais atrelados a horários em uma grade específica de TV, sem a necessidade de esperar acabar comerciais ou qualquer coisa típica da forma como víamos televisão ou íamos ao cinema antigamente. Os streamings nasceram em meio a uma maior democratização da internet – oferecendo preços acessíveis e catálogos com centenas de conteúdos para os seus usuários, em meio a um mundo cada vez mais conectado.
Levando consigo uma espécie de bandeira da acessibilidade, quando comparado a TV por assinatura ou cinema, os usuários de streaming consideram a comodidade e preço baixo as principais vantagens destas plataformas. Com sua popularização, vão se criando também os nichos – hoje há muito mais serviços disponíveis por aí, alguns dedicados a perfis específicos de público, temos streamings especializados em filmes de terror ou público infantil, por exemplo.
VPNs e o mercado de streaming
Em meio a esse crescimento, um fator inesperado: o uso de VPNs por parte de seus usuários. Não sabe do que se trata? Pois te daremos uma explicação básica de qual o VPN significado – trata-se de uma rede virtual privada, uma ponte entre seu computador (ou aparelho de preferência) e seu provedor de internet.
Para que sua conexão funcione, dados são trocados entre seus aparelhos e o provedor de serviços e com isso, tais dados podem ficar expostos. Quando olhamos para o streaming, o que importa é o seguinte: estes dados permitem à Netflix, por exemplo, restringir o conteúdo que você acessa com base na sua localização.
Por mais que VPNs tenham aplicações mais específicas voltadas à segurança, pesquisas indicam que a maior parte dos usuários utiliza estes serviços para fins de entretenimento puro e simples, para ter acesso a conteúdos restritos por localização. Ou seja, ao usar um serviço como estes, você pode, por exemplo, acessar a Netflix norte-americana ou japonesa, o que por sua vez, pode incrementar o número de usuários de determinado streaming, afinal, não existe mais limitação para o seu catálogo.
VPN democratiza acesso a conteúdo
O que uma VPN pode fazer no final das contas é descomplicar a forma como seus usuários consumem séries, filmes e demais produtos de entretenimento – sem restrições de localização, as produções alcançam um público mais amplo, estabelecendo conexões com pessoas que de outra forma não ocorreriam, por conta de regulações, licenciamento e outras questões burocráticas que simplesmente não interessam ao público em geral (talvez a alguns grandes executivos), retomando o espírito de liberdade que norteou a criação da internet, em que toda informação (ou neste caso, conteúdo audiovisual) deve estar disponível a todos, com a diferença de que não há pirataria envolvida ou qualquer ilegalidade definida, afinal para acessar o serviço de streaming, ainda é necessário ter uma assinatura válida.
E estas assinaturas se traduzem em mais receita, que por sua vez se traduzem em mais produções chegando aos serviços de streaming, em uma espécie de ciclo virtuoso, em que não há perdedores aparentes. Resta saber como as próprias empresas de streaming lidarão com tudo isso, afinal, já houveram tentativas de restringir o uso de VPNs (e de outras práticas populares, como compartilhamento de senhas), infrutíferas até então.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2022/09/por-que-vpns-vem-contribuindo-consideravelmente-com-o-desenvolvimento-do-setor-de-entretenimento-ultimamente,141283.shtml