Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 20/09/2022 às 13h49
Federal – Considerada por colegas como “melhor gestão de um Instituto Federal no Brasil”, o professor do Instituto Federal de Rondônia-Ifro, Uberlando Tiburtino é candidato a deputado federal pelo MDB. Ele assumiu a diretoria do Ifro-RO em 2016 com 4.870 alunos matriculados e seis campi operando no Estado. No seu mandato como reitor implantou inúmero projetos ampliando os campi para dez, e o número de alunos para 33.626 e chegou a todos os municípios via Polos de Educação a Distância. Uberlando sempre esteve muito bem articulado com os governos federal, estadual e municipais com destaques para alguns projetos como Cidades Inteligentes para Ariquemes, Projeto de Informatização Escolar, para 22 municípios de Rondônia; Projeto de Saneamento Básico (Saber Viver), para 19 municípios; Projeto de Regularização Fundiária de áreas de Assentamento Rural (Geo Rondônia), em todo o Estado; Projeto Empoderamento da Mulher, que capacitou milhares de mulheres de baixa renda.
Governador – O trabalho realizado pelas empresas especializadas em pesquisas de opinião pública em Rondônia, um deles o Instituto Phoenix, de modo geral consolida o que sempre foi afirmado pela coluna desde o período de pré-campanha: Rondônia terá segundo turno para as eleições ao governo do Estado. O que não bate é quem serão os mais bem votados no primeiro turno. Na abertura da campanha, quando o ex-governador Ivo Cassol (PP) estava na disputa ele era sempre despontou como o mais bem votado e certamente seria um dos dois nomes a concorrer no segundo turno. Mas está inelegível, sua candidatura foi rejeitada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), e a disputa ficou entre o atual governador, Marcos Rocha (UB), senador Marcos Rogério (PL) e o deputado federal Léo Moraes (Podemos), todos ligados ou simpáticos, ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
Governador II – A expectativa, sem Cassol na disputa, era que teríamos um representante da situação (Rocha, Rogério ou Léo) no segundo turno, tendo como adversário o ex-governador Daniel Pereira, da Frente Democrática (PT/PV/PCdoB/PDT/SD/PSB). Mas não é isso que demonstram as pesquisas liberadas pelo TRE. Pimenta de Rondônia (Psol) também concorre à sucessão estadual, mas em nenhuma das sondagens chegou a dois dígitos, o mesmo ocorrendo com Val Queiroz (Agir). Em pesquisas publicadas pela mídia esta semana, não houve alteração no posicionamento dos candidatos com Marcos Rocha liderando, Marcos Rogério em segundo e Léo Moraes em terceiro. Daniel Pereira já conseguiu ultrapassar os dois dígitos, mas como temos pouco mais de uma semana para as eleições, a missão dele é hercúlea na busca de uma das vagas para o segundo turno. Hoje os dois mais bem votados seriam Rocha e Rogério, ambos ligados a Bolsonaro.
Propostas – As críticas aos planos de governo (sic) dos candidatos a governar Rondônia a partir de 2023 ocorrem devido à falta de propostas palpáveis, viáveis. Rondônia é um Estado em franca ascensão com pouco mais de 40 anos de emancipação político-administrativa e tem muito o que se fazer. Saúde, educação, estradas, saneamento básico, cultura, esportes, agricultura, turismo, industrialização são itens fundamentais em uma administração pública. Nos debates e entrevistas os candidatos falam sobre seus projetos, mas não apresentam meios e formas de aplica-los. Denunciar é fácil, o problema é encontrar solução. Rondônia precisa industrializar parte do que produz manufaturando a soja, o milho, o café, a carne, o cacau, a mandioca, o açaí. Por que exportar a produção in natura e posteriormente comprar o que produziu industrializado? Por que não uma indústria de óleo de soja?
Eleitorado – O governador Marcos Rocha tem domicílio eleitoral em Porto Velho (330 mil eleitores em 2020) e deverá ter o maior número de votos na capital. Mas segundo pesquisas publicadas nas últimas semanas, ele tem significativo volume de votos a favor na área polarizada por Ariquemes. Na chamada região da produção Rocha tem o apoio de lideranças políticas importantes e comprovadamente boas de votos como o presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Alex Redano (PRB), deputado estadual Adelino Follador (UB), deputado federal Lucas Follador (PSC), prefeita e esposa de Redano, Carla Redano (Patriota) e o ex-prefeito Thiago Flores (MDB). O MDB de Confúcio Moura está fechado com Rocha, mas o senador não se manifestou sobre apoio ao governador no seu projeto de reeleição.
Respigo
A BR 364 continua sendo o “Corredor da Morte” de Rondônia. E não temos em nenhum projeto dos candidatos a governador, senador, deputado federal solução para o problema +++ O ex-governador Ivo Cassol (PP) tinha uma proposta de construir uma rodovia paralela, mas está inelegível, fora das eleições este ano. A principal rodovia federal de Rondônia precisa de restauração e duplicação-já +++ Preocupação com o baixo nível do rio Madeira, que na segunda-feira (19) chegou a cota de 1,44 metros. A menor cota havia sido registrada em 2005, quando chegou a 1,63 metros +++ O rio Madeira tem 3.380 quilômetros de comprimento, o mais importante de Rondônia. A navegação noturna está suspensa pela Capitania dos Portos desde julho, quando a cota indicava 3,48 metros +++ O horário de votação nas eleições de 2 de outubro em Rondônia não é o mesmo de anteriores. As seções de votação serão abertas às 7h e fechadas às 16h.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2022/09/professor-do-ifro-ro-busca-uma-vaga-na-camara-bolsonaristas-na-disputa-pelo-governo-de-rondonia-faltam-propostas-viaveis-dos-candidatos-a-governador-,142126.shtml