Rondoniadinamica
Publicada em 20/10/2022 às 14h55
Porto Velho, RO – Acabou o imbróglio institucional entre a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia (OAB/RO) e a Justiça do Trabalho regional, o Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região (TRT14).
A contenda chega a termo após homologação oficial do acordo entabulado entre as partes. A decisão favorável foi patrocinada pelo ministro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Luiz Philippe Vieira de Mello Filho.
Após sérias desavenças entre os magistrados da Corte Trabalhista e o presidente da entidade representativa da atividade causídica local, Márcio Nogueira, as instituições chegaram a um denominador comum.
"O TRT-14 e a OAB-RO reconhecem a atualidade, a vigência e a importância do artigo 93, inciso VII, da Constituição Federal de 1988, e do artigo 35, inciso V, da Lei Complementar nº 35/1979 (LOMAN) – que impõem a residência do magistrado na localidade em que exerce a jurisdição –, cabendo à Corregedoria do Tribunal eventual atuação quanto à não observância dos dispositivos legais", diz trecho da nota conjunta assinada por Maria Cesarineide, desembargadora-presidente do TRT14, e Nogueira.
Sobre as audiências presenciais, o TRT14 firmou dois compromissos com os advogados: 01) informar à OAB/RO o endereço de todos os magistrados residentes fora das comunidades onde exerçam jurisdição; e 02) propiciar aos profissionais a decisão de participar de audiência presenciais ou por videoconferência.
A resolução do caso, na visão da OAB/RO, é uma vitória à advocacia, vez que seus representantes, na grande maioria das vezes, necessitam do contato direto com os juízes do Trabalho, indica o presidente da entidade.
Márcio Nogueira entende que a deliberação conjunta é o resultado do entendimento mútuo e beneficiará o cidadão que recorre aos tribunais para pacificar os seus conflitos.
“Durante a pandemia, em razão do isolamento social, o trabalho aconteceu de forma remota, com bons resultados. Agora, é necessário retomar a rotina presencial para oferecermos uma prestação jurisdicional cada vez mais adequada às necessidades da população”, alegou.
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