Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 31/10/2022 às 13h43
Vilhena - O município de maior importância político-social do Cone Sul, a linda Vilhena é um diferencial na política regional. Nos mandatos de prefeito (2017/22), passaram pela prefeitura vários prefeitos. Rosani Donadon (PMDB) foi eleita, mas cassada em abril de 2018, devido ao não reconhecimento pela Justiça Eleitoral do registro de sua candidatura. Assumiu interinamente o presidente da câmara de vereadores, Adilson de Oliveira (PSDB). Foi realizada eleição suplementar em julho de 2018 e Eduardo Japonês (PV) se elegeu. Em 2020, Eduardo Japonês (PV) se reelegeu, mas foi afastado em julho último por crime eleitoral. O presidente da câmara de vereadores, Ronildo Macedo (Podemos) assumiu e, após a eleição suplementar realizada no domingo (30), junto com o segundo turno das eleições a presidente da República e governador, o delegado da Polícia Federal, Flori Cordeiro (Podemos) se elegeu para mandato-tampão até dezembro de 2022. Nos últimos seis anos Vilhena teve cinco prefeitos, sendo Eduardo Japonês em duas oportunidades. É um recorde de eleições.
Rondônia – Estado em franco desenvolvimento com recordes seguidos em safras de grãos (soja e milho), pecuária de corte forte como em Porto Velho, o quarto maior rebanho bovino do país. O governador-reeleito, Marcos Rocha (UB) terá à disposição para 2023 um orçamento superior a 13 bilhões, 30,04% maior, se comparado ao deste ano. O Estado tem pouco mais de 40 anos de emancipação-político administrativa e está entre os mais importantes exportadores de carne bovina e grãos (soja e milho) do país. Rondônia é carente em saneamento básico, de melhores estradas para escoamento das safras favorecendo o transporte de carne para exportação e leite para os laticínios, infraestrutura urbana, entre outras prioridades. Com uma Assembleia Legislativa renovada em mais de 60%, e a garantia de mais 4 anos para administrar, Rocha e equipe têm enorme oportunidade de colocar Rondônia em patamar bem mais acima do atual. Basta ajustar a equipe, fortalecer os projetos existentes e buscar manufaturar ao menos um pouco do que produzimos no campo, para garantir mais empregos e renda para a população.
Mandatos – O Brasil já teve presidente da República, governadores e prefeitos com mandatos de cinco anos sem direito à reeleição. Bem melhor que o sistema eleitoral atual, quando os ocupantes dos cargos citados têm 4 anos de mandato e podem concorrer a uma reeleição. O sistema de cinco anos sem reeleição é bem mais eficiente e proporciona melhores condições para os chefes dos poderes executivos (presidente, governador ou prefeito) trabalharem com a preocupação somente de governar. Hoje o primeiro ano de mandato é para ajustar as coisas, pois o orçamento foi elaborado e aprovado pelo governo anterior. Os próximos dois anos, após a passagem do primeiro, o eleito governa, porque não tem preocupações com eleições. Já no quarto e último ano a preocupação em se reeleger e não administrar País, Estado, municípios. O processo político-eleitoral brasileiro deve –e precisa– ser revisto para o bem da população.
Comemorações – Em Porto Velho a festa pela vitória do Flamengo (1x0) na decisão contra o Athletico Paranaense no sábado (29), foi bem maior, que a da reeleição do governador Marcos Rocha (UB) e de Lula da Silva (PT), eleito presidente da República pela terceira vez. Ficou difícil circular pela área central da capital, após o término do jogo que deu o título (terceiro) de campeão da Taça Libertadores da América ao time rubro-negro da gávea. Apesar de jogar com um jogador a mais todo o segundo tempo, o Flamengo não conseguiu “liquidar” o jogo durante os 45 minutos finais, título que só veio, após o apito do árbitro encerrando o segundo tempo. Foi um jogo de poucas emoções, onde os goleiros quase não trabalharam. Um clima típico de uma decisão, quando o nervosismo toma conta dos jogadores, dirigentes e torcedores. Os flamenguistas estão em festa, que também poderá ser feita pelas palmeirenses, caso o time vença o Fortaleza na quarta-feira (2) e faturar mais um Brasileirão.
Governador – Como a prática da política é uma rotina, nem bem terminou as eleições gerais deste ano, quando foram eleitos presidente da República, governadores, uma das três vagas de senador dos Estados e Distrito Federal, além de deputados (federais e estaduais), o próximo passo são as eleições municipais (prefeito e vereador) de 2024. No município mais importante o prefeito Hildon Chaves (PSDB) foi reeleito em 2020 e não poderá concorrer novamente. Nada se comenta, ainda, sobre a sucessão municipal na capital, mas sobre 2026, as próximas eleições gerais, sim. Há quem aposte que Hildon estará na disputa pelo governo do Estado daqui a 4 anos, inclusive com o apoio do governador Marcos Rocha (UB), que foi reeleito domingo. As eleições gerais estão distantes, mas quem chega primeiro à fonte, bebe sempre água limpa. É o que diz –sábio– ditado popular. Quem viver verá...
Respigo
O mandato do governador Marcos Rocha (UB) terminará somente no final do ano. Mas a apreensão é enorme sobre como ficará sua equipe de governo para o segundo mandato +++ Tem muita gente preocupada em perder o cargo a partir de janeiro do próximo ano, quando terá início um novo mandato. E realmente Rocha tem que ajustar vários setores, que estão carentes de uma melhor sintonia com as necessidades da população +++ O Acre foi o Estado com maior índice de abstenção do País nas eleições em segundo turno, 28,41%. O Amapá ficou na segunda colocação, 27,17% e Rondônia o terceiro colocado, 24,68% +++ Calor de “rachar o bico” hoje em Porto Velho. Por volta das 12h termômetros marcavam 32 graus e 36 graus de sensação térmica.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2022/10/delegado-flori-eleito-prefeito-tampao-em-vilhena-os-desafios-de-marcos-rocha-nos-proximos-4-anos-ja-se-comenta-hildon-chaves-a-governador-em-2026-,145423.shtml