AFP
Publicada em 16/11/2022 às 09h09
O ex-deputado peruano Kenji Fujimori, filho do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), foi condenado nesta terça-feira (15) a quatro anos e meio de prisão por tráfico de influência quando era congressista. A pena, porém, está adiada até que seja confirmada em segunda instância.
"A Sala Penal Especial da Suprema Corte condena #KenjiFujimori, Guillermo Bocangel e Bienvenido Ramírez a quatro anos e seis meses de #PrisãoEfetiva, e suspende sua execução até que a sentença seja transitada em julgado e/ou consentida", informou o Judiciário peruano no Twitter.
Fujimori, Bocangel e Ramírez, todos ex-parlamentares, e o assessor Alexei Toledo haviam sido acusados pela Promotoria de tráfico de influências e subornos, com base em um vídeo em que negociavam o apoio ao então presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski em um julgamento político do Congresso, em troca de favores políticos.
Os favores consistiram em votar contra o pedido de impeachment de Kuczynski promovido pelo partido de Keiko Fujimori no Congresso em dezembro de 2017.
Essa votação distanciou os irmãos Keiko e Kenji, apesar de Kuczynski ter indultado o ex-presidente Alberto Fujimori e patriarca do clã naquele mês.
Os ex-congressistas, que enfrentavam um pedido dos promotores de até 12 anos de prisão, também receberam multas de cerca de US$ 12.000 cada e sua inabilitação política por 18 meses.
Kenji, irmão mais novo da três vezes candidata presidencial Keiko Fujimori, é o caçula da família que domina a vida política peruana há mais de três décadas. Enquanto isso, Alberto Fujimori está condenado a 25 anos de prisão por crimes contra os direitos humanos, e Keiko enfrenta a Justiça por suposta corrupção.
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