G1
Publicada em 23/11/2022 às 09h15
Duas explosões em pontos de ônibus nos arredores de Jerusalém no início da manhã desta quarta-feira (23) deixaram um morto e feriram 14 pessoas.
A polícia israelense atribuiu o primeiro ataque a um dispositivo explosivo colocado em uma rodoviária perto da saída da cidade, enquanto um segundo logo depois atingiu um ponto de ônibus no bairro de um assentamento urbano no leste da cidade.
De acordo com a polícia israelense, a vítima fatal era um menino de 16 anos que foi socorrido mas morreu no hospital Shaare Zedek.
As explosões, com cerca de 30 minutos de intervalo entre elas, pareciam ser um ataque de militantes palestinos, disse a polícia.
Imagens de televisão mostraram destroços espalhados pelo local da primeira explosão, que foi isolado pelos serviços de emergência.
Os serviços de saúde disseram que 12 pessoas foram levadas ao hospital desde a primeira explosão, pelo menos duas com ferimentos graves. Outras três teriam sido feridas na segunda explosão, disse a polícia.
As Nações Unidas, a União Europeia e os Estados Unidos condenaram os ataques.
"O terrorismo é um beco sem saída que não leva a absolutamente nada", disse a Embaixada dos EUA no Twitter.
Tensão
O porta-voz do grupo militante palestino Hamas, Abdel-Latif Al-Qanoua, elogiou os atentados, mas não assumiu a responsabilidade.
Al-Qanoua afirmou que os atentados "resultaram dos crimes cometidos pela ocupação e pelos colonos".
As explosões ocorreram quando o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu negocia com aliados para formar um novo governo de direita, incluindo membros de partidos religiosos e de extrema direita.
Um de seus aliados, o legislador ultranacionalista Itamar Ben-Gvir, que dirige o partido Poder Judaico, visitou o local do primeiro atentado, onde exigiu ação dura contra os militantes.
"Mesmo que seja na Cisjordânia, cerque-os e vá de casa em casa em busca de armas e restaure nosso poder de dissuasão", disse Ben-Gvir, que espera ser nomeado ministro da Polícia no novo governo.
Em resposta a ataques fatais contra Israel em março e abril, o exército do Estado hebreu efetuou mais de 2.000 operações na Cisjordânia.
As operações israelenses e os combates posteriores provocaram as mortes de mais de 125 palestinos, o balanço mais grave na região em sete anos, de acordo com a ONU.
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