Rondoniadinamica
Publicada em 03/12/2022 às 08h58
IMAGEM-FRAME TV SENADO
Porto Velho, RO – No decorrer da semana o senador Marcos Rogério, do PL de Jair Bolsonaro, ainda presidente, deu o tom do tipo de oposição que espera o mandatário da República eleito em 2022, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
A despeito de reconhecer sua vitória publicamente em texto, Rogério já avançou na direção do petista ao fazer discurso no púlpito do Congresso Nacional lançando acusações sem provas.
Ele insinuou que Lula é responsável por estimular invasões de terra, e, além disso, ameaças, sequestros, tortura e até morte.
Isto, ao falar sobre a destruição da fazenda Norbrasil, situada em Nova Mutum, Rondônia.
O congressista foi um dos grandes derrotados no pleito deste ano, e por conta disso passou a ser mais fácil adotar o posicionamento contrário à confiabilidade anexadas às urnas eletrônicas. Como tanto ele quanto Bolsonaro foram execrados democraticamente – embora Rogério ainda mantenha o mandato de 2018 por mais quatro anos –, fomentar teorias mirabolantes sobre fraude eleitoral tornou-se um novo norte legislativo para o homem na legenda comandada pelo mensaleiro sentenciado Valdemar da Costa Neto.
Ele também aproveitou para inventar uma indignação contra os membros do Judiciário. Quando pôde fazer algo a respeito, dentro do campo democrático, se uniu a Renan Calheiros e ambos agiram como “coveiros” a fim de “enterrar” a CPI da Lava Toga no Senado Federal.
O pleito não passou sequer da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara Alta muito por conveniência do representante rondoniense.
Naquela época, fora da época eleitoral, sem colocar o Estado Democrático de Direito num liquidificador de arroubo golpista, seria perfeitamente plausível investigar, sim, juízes e desembargadores que abusam de suas funções e prerrogativas. Mas não era conveniente para Rogério e outros políticos, à época, abalar as relações com os componentes das esteiras legais.
Como adesão popular não resolveu, a manobra agora é tomar o poder no tapetão do jeito que for possível, não interessando se o ato desesperado irá abalroar ou não as instituições brasileiras.
A Marcos Rogério e inúmeros demais como ele, semelhantes em ações e discursos, o que vale é uma fala bem entoada, com voz pomposa, bem articulada, empostada e cheia de jargões e frases de efeito.
Por isso a oposição será construída com base nessa confiança irrestrita na impunidade, de que no Brasil é possível fazer denúncias graves sem respaldá-las minimamente na esfera do real, do palpável, enfim, do crível.
Como dito anteriormente, sem provas, resumindo ainda mais os miúdos.
Rogério aceitou a derrotada textualmente, mas age como se as eleições não tivessem terminado. Entretanto, se sua intenção de reverter o resultado do pleito no hemisfério paralelo das possibilidades e as investidas oposicionistas infundadas tiverem a mesma competência que teve para vencer no voto em 2022, Lula e o PT podem dormir cem por cento tranquilos.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2022/12/senador-de-rondonia-da-o-tom-do-tipo-de-oposicao-que-havera-contra-lula-a-partir-de-2023-apesar-de-reconhecer-sua-vitoria,147910.shtml