Rondoniadinamica
Publicada em 10/12/2022 às 10h12
Porto Velho, RO – A Legislatura de 2018/22 passou por diversos problemas. A Justiça Eleitoral e sua morosidade foram responsáveis pelo troca-troca de suplentes com inúmeras recontagens de votos tornando tanto quanto pitorescas essas alterações aos 45 do segundo tempo na Assembleia (ALE/RO).
E além disso, houve ainda um trio de cassados. O que é bem pior.
Um deles é caso à parte: o de Geraldo da Rondônia.
Aélcio da TV, lado outro, caiu mais ligeiro porque foi cassado em decorrência de condutas relacionadas ao abuso no uso dos meios de comunicação. Em seu programa de televisão cheio de atos de populismo – nada diferente do que se vê na maioria da grade aberta –, ele e a família aproveitavam supostos gestos espontâneos de solidariedade para fomentar a carreira política do ex-parlamentar.
Ele passava o tempo todo se autodescrevendo como o suprassumo da moralidade e dos bons costumes, jogando “na fuça” dos colegas o famigerado “Economizômetro”, lançando-os contra a população.
Em suma, no seu momento de ser protegido pela barreira da tripartição dos Poderes de Montesquieu não houve esforço algum para adiar o cumprimento da deliberação jurídica.
Caiu. E caiu sozinho.
Diferentemente do que ocorreu com Edson Martins, que usou os meios legais para se manter pendurado no cargo e contou ainda com o apoio de seus pares protelando sua tragédia pessoal o quanto pôde porque era bem quisto e foi visto como um agente público injustiçado, vez que seu caso recomenta há décadas, período onde fora prefeito de Urupá. Martins contesta as acusações até hoje.
A despeito do alegado, foi à bancarrota com aval final das hostes judiciais. Logo, tem-se que a acusação do Ministério Público (MP/RO) fora convalidada em todas as instâncias.
Voltando a Geraldo da Rondônia, o pior de todos, uma tragédia encarnada para o Estado, a lista de traquinagens foi imensa. Sua derrocada demorou e muito para ser sacramentada, e isto porque fora julgado, com sentença transitada em julgado, por crime de sonegação fiscal.
José Geraldo Santos Alves Pinheiro – seu nome de batismo –, foi muito além do aceitável com certa complacência dos órgãos de fiscalização e controle e dos próprios parceiros de Legislativo.
Só para relembrar rapidamente, houve a situação envolta à bailarina que o acusou de agressão; a invasão de hospital e desacato a servidores; violação de decreto sanitário no período pandêmico para beber; ofensas à Guarda Civil Metropolitana (GCM); ameaça de incêndio ao prédio da Energisa; e finalmente a incitação de ódio da população contra servidores da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam/RO) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Isto sem contar o dia em que sugeriu em Plenário o esquartejamento de pessoas. Uma lástima.
A tolerância em relação às suas ações bestiais são uma vergonha à sociedade de modo geral e à democracia. Seu lugar não é nem nunca foi dando mal exemplo numa Casa de Leis.
Portanto, olhando o histórico recente, tanto veteranos eleitos e reeleitos em 2022 quanto a nova safra de representantes do parlamento regional têm obrigação de não repetir qualquer um desses passos trôpegos. O esmero no ofício tem de ser colocado em prática diuturnamente refletindo nas pessoas de maneira positiva, gerando sensação coletiva de plena confiança. Há também a perda do mandato de Jair Montes, cassado devido às fraudes em cotas destinadas às mulheres, onde descobriu-se que "muitas das supostas candidatas, nem tinham conhecimento que estavam na disputa eleitoral", disse o Rondoniaovivo a respeito.
E que Aélcios, Martins e Geraldos, com seus respectivos comportamentos, tenham ficado para trás na história.
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