G1
Publicada em 22/12/2022 às 08h56
'Estou convencido de que agora é o momento em que a guerra destrutiva da Rússia deve e pode ser interrompida', diz Zelensky a líderes do G20
O Kremlin afirmou nesta quinta-feira (22) que a visita do presidente ucraniano Volodimir Zelensky aos Estados Unidos é uma prova de que Washington vem travando uma "guerra indireta e por procuração" contra a Rússia.
Foi a primeira vez que a Rússia se manifestou sobre a viagem inédita de Zelensky a Washington, na quarta-feira (21). Zelensky se reuniu com o presidente norte-americano, Joe Biden, e, pela noite, discursou na Câmara dos Deputados do país.
O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, disse achar que o discurso de Zelensky reflete que nem ele nem os Estados Unidos têm intenção de "ouvir a Rússia".
"Até agora, podemos observar com pesar que nem o presidente (americano Joe) Biden nem o presidente Zelensky disseram nada que pudesse ser visto como uma possível disposição de ouvir as preocupações da Rússia", disse Peskov.
O porta-voz minimizou o novo apoio militar anunciado por Biden durante a visita do líder ucraniano. Os EUA doarão US$ 1,85 bilhão (R$ 9,6 bilhões) em assistência militar adicional para a Ucrânia, incluindo a transferência do Patriot, um dos mais modernos sistemas de defesa aérea do mundo:
Os Patriots foram usados contra os mísseis Scud de fabricação russa no Iraque durante a primeira Guerra do Golfo e têm sido continuamente desenvolvidos desde então pela Raytheon Technologies.
Eles vêm em baterias que incluem um centro de comando, uma estação de radar para detectar ameaças e lançadores.
Os alcances do alvo variam entre 40 km e 160 km, dependendo do tipo de míssil usado.
Os Patriots são chamados de sistemas de "defesa de ponto": geralmente projetados para defender áreas específicas, como cidades ou infraestruturas importantes — em outras palavras, são ativos valiosos.
Peskov disse que o uso do Patriot não vai inibir a Rússia, pelo contrário.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2022/12/russia-diz-que-ida-de-zelensky-a-washington-e-prova-de-que-eua-lutam-guerra-indireta,149376.shtml