AFP
Publicada em 29/12/2022 às 15h14
Os ministros das Relações Exteriores das potências do G7 pediram aos talibãs, nesta quinta-feira (29), que revertam, "com a maior urgência", a proibição "irresponsável e perigosa" impostas às mulheres no Afeganistão de trabalharem para ONGs.
Anunciada no último sábado (24), a proibição pode prejudicar "milhões de afegãos", disseram os ministros de Estados Unidos, França, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Itália e Japão, em um comunicado conjunto.
Os talibãs ordenaram todas as organizações não-governamentais a pararem de empregar mulheres, sob a ameaça de perderem sua autorização para operar no país.
Depois disso, várias ONGs anunciaram a suspensão de suas atividades no Afeganistão.
Sem a participação das mulheres, que desempenham um “papel central”, “as ONGs não poderão ajudar as pessoas mais vulneráveis do país”, ressaltaram os ministros do G7.
"Os talibãs continuam demonstrando seu desprezo pelos direitos, pelas liberdades e pelo bem-estar do povo afegão, especialmente das mulheres e das meninas, e seu desinteresse em manter relações normais com a comunidade internacional", acrescenta o comunicado, ao qual se somaram Suíça, Holanda, Dinamarca e Austrália.
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