Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 05/01/2023 às 14h06
Censura I – Novos decretos do governo Lula da Silva (PT) representam censura à liberdade de expressão. As expectativas "são as piores possíveis”, diz o professor e advogado Maurício Bunazar, doutor em Direito Civil pela USP. Veja um exemplo. Segundo o especialista, antes do decreto, se um jornalista do jornal “Gazeta do Povo” escrevesse uma reportagem pouco favorável a um ministro de Estado, o político poderia acioná-lo judicialmente de forma privada, com recursos próprios, e pedir que o jornalista prestasse esclarecimentos perante a Justiça. “Agora”, diz Bunazar, “eles terão um escritório de advocacia público à disposição deles, com funcionários bem pagos, e um departamento inteiro voltado à defesa de interesses que muitas vezes podem ser privados”. O alerta está na matéria postada na terça-feira (3) no site do jornal “Gazeta do Povo”, de Curitiba, com o título: “Com novos decretos, Executivo se une ao Judiciário no caminho da censura”.
Censura II – Com os decretos o agente público, que é pago pelo povo para exercer sua função utilizará recursos financeiros –públicos–, para processar o “patrão”. Criticar agentes públicos (ministros, secretários de Estado, assessores, etc.) terá implicações, porque agora há um setor especializado, pago pelo povo, para processá-lo. As autoridades públicas poderão ficar mais protegidas contra críticas do que os próprios cidadãos particulares, o que contraria algo que costuma ser ponto pacífico em democracias. “O ministro Celso de Mello, recentemente aposentado, dizia que o agente público merece ser criticado, que tem de ser criticado, tem de ser sindicado. Isso não significa que a honra dele não mereça proteção, mas o fato de se ser agente público o coloca em uma situação de ser mais duramente criticado do que um cidadão particular. Isso é indiscutível”, comenta Bunazar a “Gazeta do Povo”. Quem extrapolar, que seja aplicada a Lei, censura não. É o fim da rosca...
Inadimplência – Segundo dados do Serasa mais de 44% da população de Rondônia, lógico, que efetuou compras, está inadimplente. É o resultado do mais recente levantamento do órgão referente ao mês de outubro de 2022. Mais de 12 mil pessoas renegociaram as dívidas e “limparam” os nomes. Predominam as dívidas efetuadas com cartões de crédito, mais de 28% do total. Os compradores de 26 a 40 anos predominam na inadimplência com 35,4%. Comprar é muito fácil, mais com o cartão de crédito. O problema é quitar a dívida no vencimento. Quem compra com cartão de crédito e não paga em dia acaba tendo que arcar com juros elevados, que duplicam e até quadruplicam os valores. Como dizem em programa do SBT, que “comprar é bom, levar é melhor”, o caminho mais seguro é priorizar a frase: “comprar é bom, pagar é melhor”.
Deputados – A primeira semana do ano vai chegando ao fim e se aproximando a posse dos deputados estaduais que iniciarão a nova legislatura a partir do dia primeiro de fevereiro. Além da composição da nova legislatura, os parlamentares estarão elegendo na mesma solenidade a nova Mesa Diretora para o biênio 2023/24. Comenta-se que o deputado-reeleito, Marcelo Cruz (Patriota-PVH), que faz parte da nova turma de parlamentares que vai ganhando espaços na política regional será o próximo presidente na sucessão de Alex Redano (PRB-Ariquemes), que também se reelegeu em outubro último para o terceiro mandato consecutivo. As negociações já estariam adiantadas, até formatadas para Marcelo como presidente, mas não se sabe, ainda, como serão preenchidos os demais cargos.
Casa Civil – O assunto é polêmico, porque envolve o cargo político e administrativo mais importante no governo do Estado, mas merece citação. O deputado-reeleito, Cirone Deiró (União Brasil-Cacoal), teceu comentários nas redes sociais elogiando o governador-reeleito, Marcos Rocha (UB), por manter o chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, no cargo para o segundo mandato. “Com experiência e capacidade de diálogo, o Chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves tem coordenado com maestria as ações do executivo estadual", ressaltou Deiró, que também se comprometeu a trabalhar pela aprovação dos projetos apresentados por Rocha na Ale-RO, “em defesa do desenvolvimento dos municípios”. E realmente Júnior foi da maior importância no processo de reeleição de Rocha. Já se comenta, que seria o nome do governador para disputar a prefeitura da capital em 2024. Não será por falta de estratégia do jovem secretário.
Respigo
O ex-diretor geral e a ex-diretora adjunta da Assembleia Legislativa (Ale-RO) nas gestões do ex-presidente do legislativo estadual Maurão de Carvalho, Arildo Lopes e Marilu Barros Silveira, respectivamente, estiveram visitando a redação do RONDONIA DINÂMICA na manhã chuvosa de hoje (5). Na longa conversa predominou o futuro político de Rondônia para os próximos 4 anos +++ Arildo e Marilu também estiveram ocupando os mesmos cargos na presidência de Laerte Gomes (PSD/Ji-Paraná), reeleito deputado estadual mais bem votado do Estado com mais de 25 mil votos nos primeiros dois anos da atual legislatura. A Ale-RO está em recesso parlamentar até o final deste mês de janeiro +++ Muita chuva em Porto Velho desde o início da manhã de hoje (5). Até o fechamento da coluna, por volta das 12h, ainda, chovia intermitentemente na capital do Estado.
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