AFP
Publicada em 20/01/2023 às 09h44
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, pediu a seus aliados ocidentais, nesta sexta-feira (20), que "acelerem" as entregas de armas, em especial de tanques, para combater as forças russas.
O pedido foi feito no início de uma reunião realizada na base aérea de Ramstein, na Alemanha, sobre o apoio a Kiev.
Em mensagem por videoconferência, Zelensky pediu que "não negociem as quantidades de tanques, mas que comecem esta importante entrega que vai deter o mal".
Também nesta sexta-feira, o secretário americano da Defesa, Lloyd Austin, declarou que os aliados ocidentais devem aumentar sua ajuda militar para a Ucrânia em um momento crucial de sua luta contra as forças russas.
"Temos que aprofundar ainda mais, é um momento decisivo para a Ucrânia", disse Austin na abertura da reunião.
"O povo ucraniano está olhando para nós, o Kremlin está olhando para nós e a história está olhando para nós", acrescentou.
Pouco antes do início da reunião, o Kremlin havia afirmado que a entrega de tanques ocidentais à Ucrânia não mudará "nada" no campo de batalha.
"Essas entregas (de tanques) não vão mudar nada (...) criarão novos problemas para a Ucrânia", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov.
Com isso, acrescentou ele, os países ocidentais alimentam a "ilusão" de uma possível vitória ucraniana no terreno.
“Não se deve exagerar a importância da entrega deste tipo de armas, nem sua capacidade de mudar o que quer que seja (...). Isso não vai mudar nada em termos de avanço da parte russa” para atingir seus objetivos, insistiu Peskov.
O porta-voz do Kremlin disse ainda que se constata "um envolvimento direto e indireto dos países da Otan [no conflito]. Ouvimos declarações, vemos que predomina cada vez mais a vontade de se envolver".
Peskov acrescentou que as relações entre Moscou e Washington atingiram seu "nível histórico mais baixo" e que não vê qualquer "esperança de melhora em um futuro próximo".
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