R7
Publicada em 14/02/2023 às 10h53
A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou, nesta terça-feira (14), que o terremoto na Turquia e na Síria é a "pior catástrofe natural" em cem anos na Europa.
"Estamos testemunhando o pior desastre natural na região da Europa em um século e ainda estamos medindo sua escala", disse Hans Kluge, diretor da organização para a região (que abrange 53 nações, incluindo Turquia e países da Ásia Central), em entrevista coletiva.
"Seu verdadeiro custo ainda não é conhecido, e levará muito tempo e esforço para os países se recuperarem e se curarem", disse ele.
Até o momento, o número de mortos passou de 37 mil, com 31.974 vítimas na Turquia e mais de 5.800 na Síria. O responsável da ONU afirma que esse número "provavelmente aumentará".
O socorro médico de emergência, composto de três aviões e material para atender 400 mil pessoas, é a maior operação realizada pela divisão europeia da OMS em seus 75 anos de existência.
Segundo Hans, cerca de 26 milhões de pessoas "precisam de assistência humanitária" nos dois países. Estima-se que dezenas de milhares de famílias estão vivendo ao relento e expostas às baixas temperaturas do inverno na região.
Dados da Unicef mostram que mais de 7 milhões de crianças foram afetadas pelo terremoto do dia 6 de fevereiro.
Resgates continuam
Os trabalhos de resgate continuam após mais de uma semana do terremoto. As chances de localizar pessoas com vida depois de tanto tempo são cada vez menores.
Um menino de 13 anos foi resgatado com vida na segunda-feira (13), depois de ter ficado preso por 182 horas sob os escombros de um prédio na província de Hatay. O momento emocionante do resgate foi transmitido ao vivo pela TV turca.
Alguns especialistas estimam que até 155 mil corpos podem estar sob os prédios e as casas que desabaram na Turquia e na Síria.
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