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Publicada em 15/02/2023 às 15h03
A Rússia sofreu uma grande perda de poder militar, incluindo grande parte de seu equipamento de guerra mais recente; a China implementou um aumento de gastos sem precedentes, e a Otan foi revigorada pela guerra na Ucrânia, de acordo com um relatório divulgado nesta quarta-feira (15).
A publicação da edição de 2023 do balanço militar do International Institute for Strategic Studies (IISS) ocorreu quase um ano após o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
O exército russo compensou as perdas humanas das primeiras fases da invasão com o alistamento de recrutas, mas isso resultou na chegada de soldados menos experientes, observa o IISS.
O instituto também observa uma mudança na composição da frota blindada russa. Quase metade de seus tanques T-72B3 e T-72B3M e muitos de seus T-80 foram perdidos, então o exército russo teve que colocar veículos mais antigos em serviço para compensar essas perdas.
De acordo com o IISS, a Rússia também perdeu entre 6% e 8% de suas aeronaves de combate tático, mas as perdas chegam a 10-15% para alguns tipos de aeronaves.
A Ucrânia tinha menos aviões de combate e sofreu perdas proporcionalmente maiores, aponta o relatório, estimando que as forças armadas ucranianas perderam cerca de metade de seu estoque de aeronaves táticas de combate.
Com o estoque de armas da era soviética esgotado, o fornecimento de armamento terrestre de países ocidentais para a Ucrânia está transformando seu exército e aumentando suas capacidades. Enquanto isso, seu estoque é reforçado por um fluxo de tanques da era soviética de países do leste europeu, que estão substituindo as armas antigas por equipamentos mais modernos.
Cerca de 20 países também anunciaram aumentos imediatos ou de longo prazo nos gastos ou metas de gastos com defesa, enquanto a Otan, à qual a Suécia e a Finlândia agora desejam ingressar, recebeu um novo impulso.
Ao mesmo tempo, a modernização do exército chinês é o “principal motivo de preocupação” para os Estados Unidos, segundo o IISS, que observa que o aumento de 7% no orçamento de defesa em 2022 em relação ao ano anterior é o maior em termos absolutos na China.
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