Metrópoles
Publicada em 10/04/2023 às 14h39
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu a união do mundo islâmico contra os recentes ataques de autoridades israelenses à mesquita de Al-Aqsa, que provocou uma escalada de violência entre países árabes e Israel nas últimas semanas.
A declaração ocorreu durante uma ligação de Erdogan ao presidente do Irã, Ebrahim Raisi, na última sexta-feira (7/4).
“O presidente Erdogan destacou a importância da unidade do mundo islâmico contra os crescentes ataques desumanos de Israel na Palestina, especialmente na mesquita de Al-Aqsa”, informou o gabinete do presidente da Turquia.
A fala de Erdogan acontece após ataques partindo de países árabes terem atingindo Israel, em retaliação as recentes ações da polícia israelense na mesquita de Al-Aqsa durante o Ramadã.
Considerado um local sagrado para Judaísmo, Islamismo e Cristianismo, a mesquita localizada em Jerusalém foi palco de cenas de ataques de autoridades de Israel a fiéis que rezavam no local. A polícia israelense alegou que o foco das ações seriam “agitadores”. As imagens começaram a circular na internet na última semana.
Apesar de fazer parte de um território controlado por Israel, que considera Jerusalém como a capital do país, a administração da mesquita está nas mãos dos árabes. Pessoas de todas as religiões podem visitar o complexo onde fica a Al-Aqsa, contudo, apenas muçulmanos podem entrar na mesquita para fazer orações.
Irã se movimenta
Após os episódios de violência em Al-Aqsa, diversos ataques de vindos do países árabes atingiram Israel, que vive uma crise interna com diversos protestos contra Benjamin Netanyahu.
Desde a última semana, autoridades israelenses afirmaram que foguetes vindos do Líbano, da Faixa de Gaza e Síria atingiram o território do país. Israel respondeu os ataques com bombardeios contra os países.
Enquanto isso, um dos maiores rivais de Israel se movimenta com reuniões com chefes de Estado de países muçulmanos.
Desde a última semana, o presidente iraniano Ibrahim Raisi realizou uma série de ligações com autoridades de países muçulmanos. O Irã procurou Turquia, Indonésia, Argélia, Síria, Turcomenistão e Mauritânia para discutir a contenção do que classificou diversas vezes como “agressão do regime sionista”.
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