Waldir Costa / Rondoniadinamica
Publicada em 29/04/2023 às 10h59
As eleições municipais de outubro do próximo ano, parecem distantes, mas não é bem assim, pois já é enorme a mobilização nos bastidores visando a sucessão municipal de 2024. O Republicanos tem novo presidente regional, o Agir também tem constituiu diretório regional, o PDT está sendo reformulado, o PSDB está no mesmo caminho.
Hoje temos mais de 30 partidos no Brasil. A preocupação é com as eleições municipais (prefeitos e vereadores) de 2024, pois eleger prefeitos e vereadores em municípios estratégicos garante uma boa base para as eleições gerais, de 2026, quando serão eleitos presidente da República, governadores, duas das três vagas de cada Estado e do Distrito Federal ao Senado, além da Câmara Federal e das Assembleias Legislativas,
Também está tramitando no Congresso Nacional o fim da reeleição e mandato de cinco anos. Na mesma pauta a propostas para que as eleições (gerais e municipais) sejam realizadas em conjunto como era até a promulgação da Constituição Brasileira de 1988, que definiu eleições a cada dois anos. Antes era cinco anos de mandato sem reeleição. O político detentor de cargo majoritário só poderia se candidatar ao mesmo cargo, após ficar um mandato fora.
Retomando as eleições em Rondônia para o próximo ano tivemos novidades nos últimos dias. A ex-deputada federal Mariana Carvalho, que presidiu o diretório regional do PSDB, disputou pelo Republicanos as eleições ao Senado em 2022, quando foi derrotada pelo empresário de Vilhena, Jaime Bagattoli, que preside o PL no Estado, assumiu esta semana a presidência regional do partido.
Mariana integra um Grupão muito forte na política regional tendo como maior líder o governador-reeleito em 2022, Marcos Rocha, que preside a regional de o União Brasil-UB). O prefeito Hildon Chaves (UB) também está fechado com o grupo, o mesmo ocorrendo com o presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Marcelo Cruz (Patriota), que tem a irmã Mirlene na presidência do Solidariedade. Mariana seria o nome das lideranças à Prefeitura de Porto Velho.
Na mesma composição está o deputado estadual e ex-presidente do Republicanos, Alex Redano, que já garantiu mais um mandato na presidência da Ale a partir de 2025. O PSDB, há dias elegeu presidente o advogado Fabrício Jurado (secretário Geral de Governo do município de Porto Velho), pessoa de confiança de Hildon, que foi eleito e reeleito pelo partido tucano, mas hoje está no União, que também é a sigla da sua esposa, deputada estadual Yeda Chaves, segunda maior votação (24.667 votos) nas eleições de 2022.
O grupo liderado pelo União Brasil do governador Marcos Rocha está bem alicerçado em Ji-Paraná, segundo maior e mais importante município econômica, social e politicamente do Estado. O prefeito Isaú Fonseca, que foi eleito pelo MDB, está filiado ao União e com muitas chances de conseguir um segundo mandato.
Os membros do “Grupão” têm como principais objetivos, conseguir uma das duas vagas ao Senado, com Rocha; a de governador (Hildon), mais uma das oito vagas (hoje tem 4) a federal com Luana Rocha, primeira dama do Estado e secretária da SEAS, e a reeleição da deputada estadual Yeda, primeira dama do município de Porto Velho.
Em Vilhena, a Família Donadon, que já teve Melki prefeito (Colorado do Oeste e Vilhena), sua esposa Rosani prefeita (Vilhena), o irmão Marcos (ex-deputado estadual e ex-presidente da Ale-RO) e a esposa de Marcos, Rosângela, reeleita deputada estadual. Em março último assumiu a presidência do Agir36, o ex-deputado federal Natan Donadon, que já constituiu a Comissão Provisória do partido.
A meta do Agir36 é se organizar para a realização das convenções do próximo ano e de eleger o maior número possível de prefeitos e vereadores. Natan já está trabalhando na organização dos diretórios municipais para que o partido seja fortalecido e ser um diferencial nas próximas eleições.
O PSD passa por reestruturação. Se ficou sem uma das oito vagas na Câmara Federal, com o ex-deputado federal, Expedito Netto não conseguindo a reeleição, sobraram votos a deputado estadual com a reeleição de Laerte Gomes (25.603 votos), o mais bem votado na história política de Rondônia, e elegeu mais dois, Nim Barroso, de Ji-Paraná e Cássio Góes, de Cacoal.
Segundo os mais atentos observadores políticos, a reeleição de o prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, não será missão das mais difíceis.
É importante destacar, que Laerte Gomes, nome de maior expressão do partido em Rondônia é o Líder do governo Marcos Rocha, na Assembleia Legislativa. Certamente é mais uma peça da maior importância no grupo para as próximas eleições.
Em Ariquemes o “Grupão” liderado pelo governador Rocha está alicerçado. A prefeita Carla Redano, eleita pelo Patriota, que está em fase de extinção, deverá se filiar ao União, ou Solidariedade, que está sob novo comando. Assumiu a presidência regional do partido a empresária Mirlene Cruz, que é irmã do presidente da Ale-RO, Marcelo Cruz. Carla está bem alicerçada para a reeleição. Carla é esposa do deputado Redano.
O PDT está sendo reorganizado, revitalizado, pelo ex-senador Acir Gurgacz, que preside o partido no Estado. Ele e o ex vice-governador, ex-deputado estadual Airton Gurgacz, estão percorrendo o Estado revendo as composições de os diretórios municipais e trazendo novas lideranças para o partido. Acir e Airton garantem, que o PDT se reestrutura para eleger prefeitos e vereadores em 2024, consolidar a força pedetista no Estado e se fortalecer às eleições a governador de 2026, que também elegerão presidente da República, deputados federais e estaduais. Provavelmente para mandatos de 5 anos aos cargos majoritários, caso a reeleição seja barrada. Reeleição somente aos cargos proporcionais.
Nas condições de as eleições unificadas, prefeitos e vereadores eleitos e reeleitos em 2024 provavelmente terão mandato-tampão de dois anos, ou os atuais terão mais dois anos, para que ocorra a coincidências das eleições (gerais e municipais) em 2026.
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