Repórter Brasil
Publicada em 09/05/2023 às 16h42
A falta de acesso de autoridades públicas a dados da pecuária prejudica a fiscalização ambiental. Nem o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) nem o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade), órgãos federais responsáveis pela conservação e policiamento ambiental, conseguem consultar guias de movimentação de gado e cadastros de criadores na Amazônia Legal. Com exceção do Pará, os outros oito estados da região (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins) não disponibilizam acesso às informações que facilitariam a identificação de irregularidades ambientais na criação de bovinos, principal causa de desmatamento da floresta amazônica.
A confirmação de que não há compartilhamento de informações entre estados e os órgãos ambientais federais foi obtida pela Repórter Brasil por meio da Lei de Acesso à Informação. Apesar disso, há reconhecimento de que são instrumentos importantes para o combate ao desmatamento. “São informações decisivas para a qualificação de pessoas que desmatam ilegalmente para a criação de gado na Amazônia, ou que criam, recriam e engordam gado em áreas destruídas anteriormente e embargadas”, defende o Ibama, em manifestação enviada por meio da assessoria de imprensa. Leia aqui a resposta completa da autarquia.
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2023/05/ausencia-de-dados-dificulta-identificacao-de-irregularidades-na-criacao-de-bovinos-em-rondonia-e-mais-7-estados,160339.shtml