Waldir Costa / Rondoniadinamica
Publicada em 20/05/2023 às 10h38
Estamos chegando ao sexto mês do ano e a 17 meses das eleições municipais (prefeitos e vereadores) de outubro de 2024. Na maioria dos municípios de Rondônia já existem nomes em condições de concorrer à sucessão municipal com chances de sucesso, inclusive na capital, onde há muitos prováveis candidatos.
Como as eleições municipais já movimentam as lideranças políticas da capital e do interior, já é possível fazer um balanço, mesmo que precoce, mas com fundamento, pois envolvem pessoas identificadas com o eleitorado. E as pesquisas sobre as possibilidades de prováveis candidatos a prefeito já estão sendo realizadas, a maioria internas, mas algumas sendo publicadas na mídia regional.
Porto Velho, por exemplo, tem no mínimo dez nomes em condições de ocupar o cargo do prefeito Hildon Chaves (UB), que está no segundo mandato e se prepara para concorrer ao governo do Estado em 2026 integrando um “Grupão”, formado por partidos e lideranças de ponta na política estadual. Eleger prefeitos e vereadores é fundamental para quem tem pretensões de governar Rondônia.
Segundo pesquisas publicadas recentemente sobre as eleições a prefeito de Porto Velho, a ex-deputada federal e presidente regional do Republicanos, Mariana Carvalho, que já foi vereadora na capital está liderando a corrida à prefeitura tendo na segunda colocação o jovem, mas experiente presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Marcelo Cruz (Patriota), que também já foi vereador.
A prefeita de Ariquemes, Carla Redano (Patriota) a exemplo do marido Alex Redano (Republicanos), já foi vereadora e presidente da câmara. Alex passou pela vereança, ocupou a presidência, se elegeu deputado e presidiu a Casa de Leis durante um mandato, mas já está eleito para retornar ao cargo no biênio 2025/26. Carla deve concorrer à reeleição, com muitas chances de sucesso, mas tem o ex-deputado federal, Lucas Follador PSC) como adversário de peso eleitoral.
As eleições em Jaru devem ter na disputa a ex-deputada estadual Cássia dos Muletas (Podemos), de família política tradicional no município e região como candidata ao executivo municipal. O grupo Gonçalves, que tem João Júnior (PSDB), no segundo mandato, poderá optar pelo deputado estadual Luís Eduardo Schincaglia, o Dr Luís do Hospital, eleito com 18.248 votos em 2022. Difícil será deixar o cargo no legislativo estadual com menos de dois anos de mandato. Já os Muletas deverão lançar Cássia, que não se reelegeu à Ale-RO em 2022.
Tudo indica que em Ouro Preto teremos eleições difíceis. O prefeito Alex Testoni, eleito pelo DEM em 2020 certamente concorrerá a mais um mandato, que seria o quarto, pois já foi prefeito em dois mandatos seguidos e agora está no primeiro de uma nova fase. Tem como adversários dois nomes expressivos. Um deles o ex-prefeito Vagno Panisoly (MDB), que teve o seu apoio em 2016. Panisoly tentou a reeleição em 2020 tendo como adversário Testoni e foi derrotado pela diferença de 290 votos.
O terceiro provável candidato a prefeito é Carlos Magno, ex-prefeito, ex-deputado (federal e estadual) e ex-chefe da casa Civil. Caso as candidaturas sejam confirmadas teremos eleições das mais equilibradas em Ouro Preto do Oeste.
No segundo maior colégio eleitoral do Estado o prefeito Isaú Fonseca, eleito pelo MDB, mas hoje no União Brasil, pelo que tudo indica, é o nome difícil de ser batido, porque vem realizando um bom trabalho administrativo. Mas não é por falta de nomes expressivos na disputa como o ex-deputado estadual e ex-prefeito, Jesualdo Pires (PSB), que ocupou o cargo durante dois mandatos seguidos com muita competência. O ex-secretário de Estado da Saúde, João Durval, do PP, também está na lista e o PT tem a deputada Cláudia de Jesus, que está no primeiro mandato com atuação destacada no Parlamento Estadual.
O PT que tem como presidente do diretório regional o ex-deputado federal e pai de Cláudia, Anselmo de Jesus, poderá formatar uma parceria com o PDT, presidido pelo ex-senador e ex-prefeito, Acir Gurgacz e lançar o ex-deputado estadual e ex-vice-governador Airton Gurgacz candidato a prefeito. O PSD também tem o deputado estadual Laerte Gomes, o mais bem votado nas eleições de 2023 com 25.603 votos.
Em Cacoal o prefeito Adailton Fúria (PSD) vem caminhando com tranquilidade visando a reeleição no próximo ano. Com a baixa votação da ex-prefeita Glaucione Rodrigues (MDB) a deputada estadual em 2022, pouco mais de 4,4 mil votos, o adversário de Fúria seria o deputado Cirone Deiró (UB), reeleito com 22.207 votos, o quarto mais bem votado em outubro último. Até o momento Deiró não se manifestou sobre as eleições de 2024, mas é político bom de voto, estrategista, objetivo e com visão de futuro.
No município mais importante econômica e socialmente do Cone Sul, Vilhena, a disputa será entre o prefeito Flori Cordeiro (Podemos), eleito para um mandato tampão (assumiu no dia primeiro deste ano), após a cassação do prefeito Eduardo Japonês e da vice Patrícia da Glória, ambos do PV. Flori terá que trabalhar muito na busca da reeleição, pois terá como adversário direto a Família Donadon, que durante décadas anos dominou a política regional. E deverá enfrentar novamente a ex-prefeita, Rosani, que foi derrotada por ele na eleição suplementar de 2022.
O ex-titular da Superintendência de Estado de Esporte, Cultura e do Lazer (Secel), Rudney Paes, que estava filiado ao Solidariedade deverá bater de frente com o prefeito Aldo Júlio (MDB), de Rolim de Moura, que já trabalha a reeleição. Caso Rudney seja efetivado como candidato, acredita-se que teremos eleições equilibradas na principal cidade da Zona da Mata.
Hoje o quadro político visando a sucessão municipal do próximo ano, nas principais cidades de Rondônia é o exposto. Até as convenções partidárias para escolha dos candidatos (julho/agosto do próximo ano) certamente teremos mudanças, mas o exposto reflete a realidade da política regional destacando nomes, que estão em evidência visando as eleições municipais de 2024.
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