Rondoniadinamica
Publicada em 26/05/2023 às 11h14
IMAGEM ILUSTRATIVA
Porto Velho, RO – O prefeito de Porto Velho Hildon Chaves, ex-PSDB e atual União Brasil, venceu quase todas as disputas eletivas às quais decidiu participar, incluindo as indiretas.
Foi eleito prefeito de Porto Velho, em 2016, como “azarão”, ou seja, passando despercebido pelo radar das pesquisas e dos autoproclamados especialistas políticos regionais, findando o ano destronando o já conhecido Léo Moraes, à ocasião do PTB.
Ao testar sua popularidade em 2020, durante a campanha à reeleição, Chaves “levou à lona” nada menos do que 14 postulantes. E aí inclui-se sua adversária no segundo turno da peleja, Cristiane Lopes, do Progressistas.
No caminho, a despeito de no passado um torcer o nariz para o outro, o ex-promotor de Justiça optou por se aliar ao governador Coronel Marcos Rocha, eleito em 2018 pelo PSL; reeleito em 2022 pelo União Brasil, ou seja, figurando na contemporaneidade como correligionário do mandatário do Palácio Rio Madeira.
Paralelamente às suas próprias vitórias, também observou a colheita positiva de suas escolhas.
A recondução de Rocha é um exemplo. Sua exposa, Ieda Chaves, da mesma legenda de ambos, foi elevada à condição de deputada estadual na votação do ano passado.
Aliás, frise-se, a segunda melhor colocada em termos de votação, ficando atrás apenas do veterano Laerte Gomes, do PSD.
Seu vice no segundo mandato, Maurício Carvalho, também colega de partido, ganhou uma das oito cadeiras na Câmara Federal por Rondônia.
Derrota mesmo só no caso de Mariana Carvalho, do Republicanos, que resolveu dar um passo maior do que a perna ao tentar a vaga de Acir Gurgacz, do PDT, no Senado Federal, e acabou “atropelada” democraticamentre pelo pecuarista Jaime Bagattoli, do PL.
Tirando isso, as apostas do chefe do Executivo municipal da Capital estão com os rendimentos em alta.
Sua nova tarefa como presidente da Associação Rondoniense de Municípios (AROM) propiciará ao alcaide andar pelas 52 cidades de Rondônia. E, se andar “fisicamente” não for possível, dependendo de sua relação com os demais prefeitos, seus colegas de ofício, a preservação das amizades políticas costuradas até aqui, e a manutenção do handicap positivo do quesito binomial aposta-retorno, suas chances de ser o próximo governador do Estado aumenta – e muito.
E aí sobra trabalho e aumentam as dificuldades para quem eventualmente queira ombrear com chaves no pleito de daqui a mais de três anos.
Pode ser muito cedo para pensar no assunto? Talvez para quem não se planeje. Hildon, homem de negócios acima de tudo, sabe que uma rota bem traçada com antecipação é uma de suas maiores aliadas. E juntando com tudo o que já está ao seu lado, a perspectiva tende a ficar cada vez mais interessante para o seu lado.
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