Assessoria/Prefeitura
Publicada em 29/05/2023 às 11h21
Independência, liberdade, inclusão e autonomia são benefícios que os óculos com tecnologia OrCam MyEye trazem para pessoas com deficiência visual, através de um sistema que escaneia e transforma textos em áudio. Duas unidades dos óculos são disponibilizadas pela Prefeitura de Porto Velho na Biblioteca Municipal Francisco Meirelles.
A professora Sebastiana Santana é deficiente visual e trabalha na biblioteca há anos, com a alfabetização em Braille. Ela explica que a aquisição foi possível através de parceria entre a Prefeitura da capital e o governo do Estado.
"Aqui nós desenvolvemos várias atividades visando a melhoria de vida da pessoa com deficiência visual, tanto o cego, quanto quem tem baixa visão. Alfabetização em braille, orientação de mobilidade, atividade de vida diária e tecnologia assistiva são alguns dos serviços oferecidos. Este óculos foi um avanço para nós, melhorou nossa vida como profissional e é muito importante para a educação de todos os deficientes", contou.
André está aprendendo Braille e a leitura só é possível com o óculos
Entre os alunos que estão fazendo aulas de alfabetização em Braille, o André Pereira, de 12 anos, segue os primeiros passos e ainda está conhecendo as letras e formando as primeiras sílabas. Por enquanto, a leitura só é possível para ele através do óculos OrCam. Segundo a mãe, Darlen Ortis Pereira, o menino começou a perder a visão aos 3 anos de idade por conta da toxoplasmose.
"Fiquei maravilhada quando vi o óculos pela primeira vez, fiquei mais empolgada a incentivar e colocar ele pra estudar. Tô confiante que meu filho vai realizar o sonho dele que é ler e escrever através das aulas com a equipe da Biblioteca Francisco Meirelles e esse novo óculos", disse a mãe.
COMO FUNCIONA
Aparelho pode ser ativado por comando de voz e não precisa conexão com a internet
Com o OrCam MyEye, basta indicar com o dedo onde quer que ele leia e o sensor óptico captura a imagem e converte as informações instantaneamente em áudio.
"Além de ler, o óculos faz reconhecimento facial, podendo gravar até 150 rostos, 180 produtos, faz leitura de código de barras, cores, dinheiro e horário. Nem todos os livros da biblioteca são disponibilizados em braille, então esse óculos torna acessível toda a biblioteca ao aluno deficiente visual", explica a professora da Sala Braille, Elaine Lacerda.
TECNOLOGIA
Desenvolvido pela Mais Autonomia Tecnologia Israelense Assistiva, os óculos OrCam MyEye podem ser aplicados não só em livros, mas também jornais, revistas, placas de rua, cardápios de restaurantes, nomes de lojas, mensagens do celular, placas de sinalização e folhetos. O aparelho pode ser ativado por comando de voz e não precisa estar conectado à Internet, faz praticamente todas as funções no período noturno.
Esses equipamentos estão à disposição dos usuários com deficiência visual na sala de braile da Biblioteca. O atendimento ao público é de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h (não fecha para o almoço). A biblioteca conta com cerca de 30 funcionários para o atendimento e organização do acervo.
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