Rondoniadinamica
Publicada em 22/06/2023 às 09h31
A entrada do Senador Marcos Rogério (PL-RO) na CPMI que investiga os atos anti-democráticos ocorridos no dia 8 de janeiro tem despertado atenção e levantado questionamentos sobre sua postura e atuação nesse importante papel. Recentemente, o senador anunciou em sua rede social a adesão à comissão, manifestando seu compromisso de conduzir as investigações de forma equilibrada, firme e séria, e de defender a verdade, a liberdade e a justiça.
No entanto, é importante lembrar que Marcos Rogério ficou afastado do Senado por quase seis meses para cuidar de questões de saúde e familiares. Durante esse período, sua presença nas discussões e debates sobre os temas de relevância nacional, incluindo os atos de 8 de janeiro, foi praticamente inexistente. Sua falta de posicionamento sobre essas questões críticas coloca em cheque sua dedicação e interesse em enfrentar os desafios que o país enfrenta.
É válido ressaltar que, nas poucas ocasiões em que o senador se pronunciou, seu discurso esteve marcado pela comemoração do retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Brasil, após meses de reclusão nos Estados Unidos, após sua derrota nas últimas eleições presidenciais. Essa postura levanta suspeitas sobre a imparcialidade e independência de Marcos Rogério, uma vez que a CPMI requer uma abordagem objetiva e desprovida de qualquer alinhamento político específico.
Diante de sua atuação anterior como "pitbull" de Bolsonaro durante a CPI da Pandemia, onde defendeu fervorosamente o governo bolsonaro em detrimento da da responsabilização dos envolvidos, é legítimo questionar qual será a postura adotada por Marcos Rogério na CPMI do 8 de janeiro. Será que ele voltará a assumir o papel de um defensor incansável do ex-presidente, deixando de lado a necessária imparcialidade e o compromisso com a investigação isenta dos fatos?
A postura do senador na CPI da Pandemia gerou controvérsias e colocou em dúvida sua objetividade na busca por esclarecimentos e justiça. Portanto, é fundamental que o senador assuma uma postura imparcial e comprometida com a busca da verdade, independentemente de qualquer alinhamento político. A CPMI é uma oportunidade crucial para a apuração dos fatos e a defesa dos princípios democráticos, exigindo que cada membro esteja comprometido com a transparência e a responsabilidade em suas ações.
No fim das contas, o futuro papel de Marcos Rogério na CPMI do 8 de janeiro ainda é incerto. Resta saber se ele será capaz de colocar os interesses do país acima de alianças políticas e defenderá uma investigação séria, imparcial e justa. A sociedade brasileira espera que todos os integrantes da comissão cumpram seu dever com a seriedade e a responsabilidade que o momento exige.
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