Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 24/06/2023 às 11h05
Nos principais municípios de Rondônia, as lideranças políticas aos poucos vão definindo quem serão os candidatos a prefeito nas eleições de outubro do próximo ano, quando também serão eleitos e reeleitos os vereadores. Porto Velho, Ariquemes, Jaru, Ouro Preto do Oeste, Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno, Rolim de Moura e Vilhena já estão se preparando para as Eleições 2024.
No maior colégio eleitoral do Estado, a capital, Porto Velho, o prefeito Hildon Chaves (UB) está fora das eleições do próximo ano, porque foi reeleito em 2022. Mas trabalha para garantir o sucessor e alguns nomes estão em condições de sucedê-lo, com o seu apoio, mas, por enquanto, não se manifestou de forma direta.
Hildon tem ótima aprovação do seu trabalho. Não conseguiu resolver o crônico problema de saneamento básico, que é grave e atinge todos os municípios de Rondônia. Poucos como Cacoal e Vilhena amenizaram a situação. Quem tiver o apoio de Hildon certamente terá menos dificuldades para chegar ao cargo de prefeito da capital.
A prefeita de Ariquemes, Carla Redano (Patriota) é nome certo para concorrer à reeleição. Tem se destacado com uma administração eficiente, com apoio de a maioria da população, porém terá adversários de peso eleitoral, como o ex-deputado estadual Adelino Follador, do União Brasil, que se prepara para concorrer a prefeito. O vereador Rafael O Fera (Podemos) também trabalha uma candidatura, mas está enfrentando problemas na Justiça e poderá ficar inelegível.
Já o deputado Rodrigo Camargo (Republicanos) é um nome qualificado eleitoralmente para concorrer à prefeitura no próximo ano. Vem realizando um trabalho eficiente de ótima visibilidade na Assembleia Legislativa (Ale) e ganhando espaço político de forma gradativa, mas eficiente em sua região.
É importante destacar, que quanto maior for o número de candidatos, melhor será para Carla, que já tem um público definido e o apoio do marido, deputado estadual Alex Redano (Republicanos), que também é bom de voto e um dos destaques na política regional.
Em Jaru a família Gonçalves não tem intenções de abrir mão da prefeitura, que é ocupada pelo prefeito João Gonçalves Júnior (PSDB). Ele está no segundo mandato consecutivo, não poderá concorrer à reeleição, mas pretende eleger o sucessor. O nome forte do grupo, o ex-vereador, ex-presidente da câmara Luís Schincaglia (MDB) seria a opção. Mas o que se comenta é que será o vice, Jeverson Luiz de Lima (MDB), que poderá ter problema de inelegibilidade, porque assumiu a prefeitura durante um período.
A oposição ao grupo Gonçalves é muito forte. A Família Muleta, João (ex-deputado federal e estadual), Amauri (ex-prefeito, ex-secretário de Estado), Cássia (ex-deputada estadual) são nomes em condições de concorrer à prefeitura com muitas chances de sucesso. A dúvida seria entre Cássia e Amauri.
O prefeito de Ouro Preto do Oeste, Alex Testoni, eleito pelo DEM, por enquanto, caminha sem muitas dificuldades para conseguir mais um mandato, que seria o quarto. Testoni teve uma eleição difícil em 2022, quando venceu Vagno Panisoly (MDB), por somente 290 votos. Panisoly, ainda, não se manifestou sobre uma possível candidatura, mas seria o nome para fazer frente a Testoni.
O prefeito de Pimenta Bueno, Arismar Araújo de Lima, o Delegado Araújo (Patriota) não deverá ter dificuldades para se reeleger, caso opte por um novo mandato em 2024. Realiza um trabalho que atende às necessidades da maioria da população e, só terá dificuldades, caso o deputado estadual Jean Mendonça (PL), que já foi prefeito e deu conta do recado resolva candidatar-se. Mas não se nota movimentação sobre essa possibilidade.
Outro prefeito que caminha com tranquilidade rumo à reeleição é Aldair Júlio Pereira (MDB), de Rolim de Moura. A movimentação de bastidores é quase inexistente sobre prováveis candidatos e, por enquanto, Aldair Júlio não tem um adversário de expressão política em condições de derrota-lo na sua disposição em se manter perante o executivo municipal. Como estamos a menos de um ano para as convenções, certamente Júlio terá adversários, pois Rolim é um celeiro de políticos de expressão no Estado.
A reeleição do prefeito de Vilhena, Flori Cordeiro, que foi eleito para um mandato-tampão de dois anos, após a cassação do ex-prefeito Eduardo Japonês e da vice, Patrícia da Glória, ambos do PV, por crime eleitoral. Após a eleição suplementar em 2022, Cordeiro assumiu e terá oportunidade de reeleição em 2024.
A dificuldade de Cordeiro é a Família Donadon, que já teve prefeitos Melki e Marlon (sobrinho), prefeita (Rosani), deputado federal (Natan), deputado estadual (Marcos) hoje todos sem mandato e Rosângela, deputada estadual, que está no terceiro mandato.
Por último deixamos Ji-Paraná, onde a plêiade de candidatos com chances de vitória é grande e, como não tem segundo turno, pois o único município no Estado com essa possibilidade (mais de 200 mil eleitores) é Porto Velho. No mínimo três nomes estão na lista de prováveis candidatos em condições de sucesso.
O prefeito Isaú Fonseca (UB) é um exímio estrategista, realiza uma administração que agrada a maioria da população, pois nada na vida é 100%, a não ser na matemática. Será um nome difícil de ser batido. Hoje é a bola da vez.
O ex-prefeito em dois mandatos consecutivos, Jesualdo Pires (PSB), ex-deputado estadual é sempre citado em todas as rodas de conversas onde o assunto é a sucessão municipal em Ji-Paraná. Ainda não se manifestou como candidato, mas é nome certo na lista de futuros candidatos, pois deixou um legado de bom trabalho quando passou pela prefeitura.
O deputado estadual mais bem votado em Rondônia em todos os tempos, Laerte Gomes (PSD) é nome expressivo, já passou pela administração executiva em Alvorada do Oeste, que o projetou para a política regional e já confirmou, que estará na disputa da sucessão municipal em 2024. Quem conhece a caminhada política de Laerte destaca sua facilidade em abrir espaços políticos. Hoje é Líder do Governo na Ale-RO e está entre os políticos de destaque no Estado.
Na “briga” dos grandes vem o PP com o presidente do diretório municipal do partido, João Durval, que em Rondônia é dominado pelos Cassol (Ivo, que foi ex-prefeito de Rolim de Moura, ex-governador, ex-senador), e a ex-deputada federal Jaqueline, que deixou uma reeleição aparentemente viável para tentar o Senado, sem sucesso.
João Durval já foi secretário de Estado e, aposta numa divisão da maioria dos votos entre os três considerados “políticos de ponta” e bons de votos. Como João Durval conta com um eleitorado fiel tem chances de se eleger prefeito do segundo maior e mais importantes municípios política, econômica e social de Rondônia.
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