Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 08/07/2023 às 11h05
As eleições municipais de outubro de 2024 provocam intensa movimentação nos bastidores da política em Rondônia. Na capital vereadores e prováveis candidatos estão mantendo constantes reuniões, para discutir nomes em condições de concorrer à sucessão municipal, o mesmo ocorrendo nos municípios do interior em clima tenso, pois as eleições municipais são o alicerce para as gerais e 2026.
Outro assunto debatido com intensidade nos bastidores entre os políticos é a possibilidade de a troca de partidos (vereadores e deputados federais e estaduais), que ocorre com a “janela partidária”, seis meses antes das eleições. A mudança é liberada, desde que seja entre as normas que regulamentam a possibilidade. Assim o político tem a garantia de não perder o mandato, que pertence ao partido.
Há dias vereadores e lideranças político-partidárias de Porto Velho estão trabalhando na possibilidade da mudança de partido. E as siglas mais estabilizadas certamente abrirão espaços para abrigar o maior número possível de bons candidatos, para garantir a supremacia. A expectativa, hoje, com menos de um ano e meio para as eleições de 2024, é que ao menos 12 partidos disputarão as 23 vagas no legislativo municipal de Porto Velho.
Na busca prela prefeitura há nomes expressivos, como a ex-deputada federal e presidente regional do Republicanos, Mariana Carvalho, o presidente da Assembleia Legislativa (Ale) e do Patriota, Marcelo Cruz, o PSB com seu presidente, ex-deputado federal Mauro Nazif; o PT com a ex-senadora Fátima Cleide, o MDB com o ex-deputado estadual Williames Pimentel, deputado federal Fernando Máximo do União Brasil, ex-deputado federa, presidente estadual do Podemos e diretor-geral do Detran-RO, Léo Moraes; Benedito Alves, presidente do PSD da capital. São nomes expressivos e cotados para a sucessão municipal.
A divisão de votos promete ser grande em Porto Velho, maior colégio eleitoral do Estado, com mais de 350 mil eleitores em 2022. A capital é o único município a oferecer a possibilidade de segundo turno, porque tem colégio eleitoral superior a 200 mil eleitores. Hoje, dos vários nomes em condições de concorrer à sucessão municipal, seria impossível apontar um, como favorito.
Em Ariquemes a prefeita Carla Redano (Patriota) trabalhando visando a reeleição. Hoje teria como adversário de maior expressão político-eleitoral o ex-deputado estadual Adelino Follador, que disputou a reeleição em 2022 pelo União Brasil, e não conseguiu se eleger. Ele é um nome em condições de conquistar a prefeitura, pois tem densidade eleitoral para concorrer ao cargo.
Em Jaru o prefeito João Gonçalves Junior (PSDB) foi reeleito em 2020 e está fora da disputa pela prefeitura em 2024. O nome do grupo seria o deputado estadual Luís do Hospital (MDB), mas como está no primeiro mandato na Ale-RO dificilmente concorrerá. O nome seria o vice-prefeito, Jeverson Lima (MDB).
O prefeito de Ouro Preto do Oeste, Alex Testoni, que foi eleito pelo DEM não deverá ter dificuldades para se reeleger. Testoni já passou pela prefeitura em dois mandatos consecutivos, foi deputado estadual e agora está no terceiro mandato com muitas chances de conseguir o quarto em 2024.
O prefeito de Ji-Paraná, segundo maior colégio eleitoral de Rondônia deve ter eleições tensas, assim como na maioria dos demais municípios de maior volume de votos. O prefeito Isaú Fonseca (UB) vem realizando um bom trabalho, mas terá adversários com poderio de voto, como o deputado estadual Laerte Gomes (PSD), campeão e votos em Rondônia e reeleito em 2022 com 25.603 votos; o ex-prefeito e ex-deputado estadual Jesualdo Pires (PSB) e o ex-secretário estadual de Saúde, João Durval, presidente do PP no município.
Em Cacoal Adailton Fúria (PSD) promove uma administração eficiente, com erros e acertos comuns na administração pública, mas hoje, não há nomes em condições de derrota-lo. Como estamos a mais de um ano das eleições, os adversários não darão trégua e buscarão um nome em condições de fazer frente a ele.
A tranquilidade do prefeito de Rolim de Moura Aldo Júlio (MDB) com vistas à reeleição, sofreu um abalo com a possibilidade de o ex-vereador Uender Nogueira, filiado ao Podemos, que também é bom de voto entrar na disputa. Existe uma mobilização na cidade para compor um grupo de apoio a Uender na busca pela prefeitura.
Detentor de um mandato-tampão de dois anos (assumiu em janeiro) e tem mandato até dezembro de 2024, o prefeito de Vilhena, Flori Cordeiro (Podemos) foi eleito em eleição suplementar em 2022, porque o prefeito e vice, Eduardo Japonês e Patrícia da Glória, ambos do PV foram cassados por crime eleitoral. Flori não tem missão das mais fáceis, porque certamente terá alguém da Família Donadon, tradicional na região do Cone Sul como adversário.
Quem acompanha os bastidores da política de Rondônia pode observar a mobilização intensa dos últimos dias, já visando as eleições de outubro de 2024. Os chamados “caciques” políticos estão reunindo suas “tribos”, para garantir fidelidade para as eleições do próximo, pois eleger o maior número de prefeitos e vereadores é a garantia de sucesso nas eleições gerais de 2026, quando serão eleitos presidente da República, governadores, duas das três vagas ao Senado e deputados federal e estadual.
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