G1
Publicada em 25/07/2023 às 14h59
Mais de 200 professores da Universidade de São Paulo (USP) estão entre os melhores cientistas do mundo, conforme ranking internacional divulgado pela plataforma acadêmica "Researche.com". A lista com os nomes dos profissionais foi divulgada no início de junho deste ano. Ao todo, 980 cientistas foram classificados (veja mais abaixo).
Segundo a plataforma, a iniciativa de listar os melhores cientistas tem como objetivo inspirar acadêmicos, empresas e órgãos administrativos para examinar para onde os principais especialistas estão indo.
Além disso, a plataforma ressalta que a intenção é de fornecer uma ferramenta para que "toda a comunidade científica conheça quem são os principais especialistas em áreas específicas de estudo de diferentes países, ou mesmo dentro de instituições de pesquisa".
A posição de cada pesquisador foi baseada no chamado D-index (Discipline H-index), que considera exclusivamente número de artigos e quantidade de citações para cada disciplina examinada, segundo a agência Fapesp.
Para fazer a seleção, foram combinados dados bibliométricos de várias fontes, incluindo OpenAlex e CrossRef. As informações foram coletadas em dezembro de 2022.
Como a USP foi classificada?
No ranking, a USP se destacou na área de Química com 32 professores entre os mais citados do mundo. Biologia e Bioquímica foi a segunda área com mais professores da USP classificados, sendo 28 pesquisadores.
Já a terceira área com mais pesquisadores da USP foi Ciência Animal e Veterinária, com 26 cientistas. Na sequência aparecem as áreas de:
Medicina: 19 pesquisadores;
Ciências Ambientais: 16 pesquisadores;
Neurociência: 14 pesquisadores;
Ecologia e Evolução: 13 pesquisadores;
Ciências da Terra, Imunologia e Agronomia: 12 professores citados em cada uma das áreas.
Já na área de Negócios e Administração, a USP foi a única instituição brasileira a ter um pesquisador no ranking. Além disso, no ranking das melhores universidades por área e por país, a universidade foi a primeira instituição brasileira em 16 áreas.
Conforme a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o ranking da área de Genética chamou a atenção pelo fato de, entre os 10 brasileiros que figuram entre os mais citados do mundo, sete serem vinculados à Universidade de São Paulo (USP). São eles:
Jeremy Squire (1º no Brasil e 561º mundial);
Mayana Zatz (2ª e 1.352ª posições);
Gustavo Goldman (3ª e 1602ª posições);
Maria Rita Passos-Bueno (5ª e 2.089ª posições);
Sergio Verjovski-Almeida (8ª e 2.437ª posições);
João C. Setubal (9ª e 3.089ª posições);
Carla Rosenberg (10ª e 3.347ª posições).
Desses, quatro são associados ao Centro de Estudos do Genoma Humano e de Células-Tronco (CEGH-CEL), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado no Instituto de Biociências (IB-USP).
Fernando Queiroz Cunha, que também é professor da USP e coordena o Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID) – outro CEPID da Fapesp –, ficou em primeiro lugar no ranking brasileiro da área de imunologia (355ª colocação mundial) e em segundo lugar no ranking de medicina (3.688º no ranking geral da área).
Cientistas pelo Brasil
Segundo a agência Fapesp, o Brasil se destacou na área de Química com 117 pesquisadores entre os mais citados do mundo.
Jairton Dupont, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), encabeça a lista no país, sendo o 1.208º colocado no ranking geral da disciplina. Na sequência está Nelson Durán, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), 1.217º colocado na lista mundial.
A área de Biologia e Bioquímica vem em seguida com 104 brasileiros entre os mais citados. Depois, aparecem as áreas de:
Ciência Animal e Veterinária: 103 brasileiros;
Ecologia e Evolução: 95 brasileiros;
Ciência Ambiental: 59 brasileiros;
Neurociência: 54 brasileiros;
Medicina: 50 brasileiros;
Ciência de Materiais: 48 brasileiros;
Microbiologia: 46 brasileiros
Na plataforma também é possível visualizar o ranking geral de melhores cientistas divulgado em 2022, que considera todos os países e áreas do conhecimento. Nenhum brasileiro figurou entre os mil cientistas com maior Índice H.
Já no ranking que considera apenas cientistas mulheres há duas brasileiras: Maria Inês Schmidt, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1ª colocada no país e 723ª no mundo), e Deborah Carvalho Malta, da Universidade Federal de Minas Gerais (2ª no país e 835ª no mundo).
Também há dois brasileiros no ranking “Best Rising Stars of Science” (Melhores Estrelas em Ascensão da Ciência): José C. S. dos Santos, da Universidade Federal do Ceará (1º no país e 230º no mundo), e Felipe Barreto Schuch, da Universidade Federal de Santa Maria (2º no país e 363º no mundo).
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