Waldir Costa / Rondoniadinamica
Publicada em 05/08/2023 às 11h14
O assunto predominante na política regional são as eleições municipais de outubro do próximo ano, quando os eleitores terão oportunidade de eleger os novos prefeitos e vereadores, que assumirão a partir de janeiro de 2025. E as mulheres, que a cada eleição ocupam mais espaços na política, o que é ótimo, certamente estão na linha de frente para uma candidatura à Prefeitura de Porto Velho em 2024.
Felizmente as mulheres, que são a maioria do eleitorado no Brasil, aos poucos vão se conscientizando da sua importância no processo político-eleitoral e vão ocupando o merecido espaço no segmento, o que é bom para a democracia, à melhoria da qualidade moral, ética e cultural na política. Apesar de caminharem, ainda, a passos curtos, as mulheres estão se conscientizando da sua importância na participação política, que admitam, ou não, influencia em todos os setores da população, seja econômica, social, cultural.
São crescentes os comentários nos bastidores da política em Porto Velho, onde o atual prefeito, Hildon Chaves, do União Brasil (por enquanto), reeleito em 2020 e que entregará o cargo no final de 2024 envolvendo ao menos uma dúzia de nomes, a maioria de considerável potencial eleitoral, pois já demonstraram isso em eleições anteriores que poderiam se eleger prefeito da capital. Hoje a pauta é sobre a participação da mulher na política portovelhense.
Temos em Porto velho no mínimo cinco mulheres identificadas com a política local. Várias sem mandato eletivo, mas em condições de enfrentar as urnas e derrotar os “marmanjos”, que estão cotados para disputar a sucessão municipal no próximo ano.
A Assembleia Legislativa elegeu em 2022 quatro mulheres sendo Ieda Chaves (UB-PVH), Taissa Sousa (PSC/Guajará-Mirim), Gisleine Lebrinha (UB-São Francisco do Guaporé), Cláudia de Jesus (PT/Ji-Paraná) e reelegeu Rosângela Donadon (UB-Vilhena).
A boa presença da mulher no legislativo estadual não se confirma na câmara de vereadores. Os eleitores de Porto Velho, cerca de 350 mil elegeram somente duas mulheres dentre os 21 vereadores (a partir das eleições de 2024 serão 23 cadeiras). A segunda vereadora mais bem votada em 2020 foi Elis Regina (Podemos), que obteve 3.137 votos e Márcia Socorrista de Animais (PP), 1.425 votos.
Na lista, a princípio, estão as mulheres detentoras de mandato. Ieda Chaves, primeira dama do município de Porto Velho, deputada estadual pelo União Brasil está na relação. Apesar de ser iniciante na política, Ieda obteve nas eleições de 2022, a segunda maior votação no Estado (24.667 votos). A deputada, ao menos publicamente, não se manifestou sobre uma candidatura à sucessão municipal, mas são nomes a ser considerados. Também há o problema de inelegibilidade, devido ao marido ser o prefeito.
A deputada federal, Cristiane Lopes (UB), eleita com 22.805 votos está entre os prováveis postulantes à prefeitura da capital com muitas chances de sucesso. Cristiane foi vereadora em Porto Velho e abriu mão da reeleição para concorrer a prefeita em 2022. Mesmo com uma campanha simples, pé no chão, chegou ao segundo turno e foi derrotada por Hildon Chaves por 17.997 votos em um universo de 350 mil votos. Se concorrer vai dar trabalho.
A vereadora Elis Regina (Podemos) não pode ser ignorada na disputa pelo comando do executivo municipal. A votação superior a 3.100 votos dimensiona a força política da vereadora, pois o processo de reeleição é muito mais difícil (em 2016 somou mais de 3.700 votos). O partido tem o ex-deputado federal, hoje diretor-geral do Detran-RO, Léo Moraes como provável candidato, mas se a opção for pela mulher, Elis Regina é a “bola da vez”.
As mulheres sem mandato têm na ponta a ex-deputada federal Mariana Carvalho, que preside o Republicanos em Rondônia. Nas eleições de 2022 concorreu à única vaga ao Senado e, apesar de somar 263.559 votos não se reelegeu. Se optasse pela reeleição com certeza não encontraria problemas. Mariana também teria o apoio do prefeito Hildon e do governador Marcos Rocha, o que deve ser levado em consideração, pela força política que representam e já demonstraram isso nas urnas.
A médica Flávia Lenzi, do PL, foi candidata a vice-governadora do senador Marcos Rogério (PL), segundo colocado nas eleições de 2022. Nos bastidores seu nome é sempre citado como provável postulante à sucessão municipal, apesar de antes de 2022, não ter participado diretamente do processo político-eleitoral.
O PT que já teve Roberto Sobrinho, na Prefeitura de Porto Velho, eleito em 2004 e reeleito em 2008 tem a ex-senadora Fátima Cleide como opção para a disputa da sucessão municipal da capital. Fátima tem ótimo trânsito no governo federal (é amiga pessoal do presidente Lula) e tem uma ampla folha de bons serviços prestados para o seu partido e a Rondônia. A sua passagem pelo Senado, foi considerada das mais positivas. É o nome de maior potencial de oposição ao grupo liderado pelo prefeito Hildon.
A exemplo da deputada Ieda Chaves, primeira dama do município, a secretária de Estado de Ação Social-Seas, Luana Rocha (UB) está entre as mulheres em condições de concorrer, com muitas chances de sucesso. Luana já enfrentou as urnas em 2018 e somou 5.605 votos pelo PSL à Câmara Federal, mas não se elegeu.
É importante destacar sobre a viabilidade legal de as candidaturas de Ieda e Luana. Não sabemos se a legislação eleitoral terá mudanças até outubro, um ano antes das eleições de 2024. Como estamos no Brasil...
Na consulta a profissionais especialistas no assunto (Camargo, Magalhães e Canedo), Ieda não tem condições de participar, pois caracterizaria um terceiro mandato, porque Hildon está no segundo consecutivo.
Já Luana também estaria inelegível devido ao grau de parentesco com o marido, Marcos Rocha. O cargo não é o mesmo (governador), mas é executivo, diferente de Ieda que concorreu a um cargo legislativo.
Há quem não concorda com a situação de Luana, que provavelmente poderia concorrer, por não ter cargo eletivo. Já a situação de Ieda é diferente, pois estaria concorrendo à sucessão do marido. Mas Lei é Lei.
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