Professor Nazareno
Publicada em 11/08/2023 às 09h04
Jair Bolsonaro é uma dessas desgraças da política que só acontecem no Brasil a cada 30 anos. A primeira foi Getúlio Vargas em 1930. A segunda foi Jânio Quadros no início da década de 1960. A terceira foi Fernando Collor em 1989 e a última foi o genocida em 2018. E o país espera que seja mesmo a última das grandes tragédias que enfeitiçam o tolo eleitor nacional. Infelizmente só teremos essa certeza lá pelo final da década de 2040. A rigor nenhum desses quatro patetas fez alguma coisa que impressionasse quem quer que seja. Montados num estranho apoio popular, ao assumirem a Presidência da República prometendo mudar radicalmente a política nacional, nenhum deles fez aquilo que prometeu aos seus “inebriados” eleitores e encantados apoiadores. Pelo contrário, só trouxeram vergonha, fracassos, decepções e em alguns casos contas a pagar com a Justiça.
Getúlio se matou com um tiro no peito. Jânio, mesmo sem largar a política, morreu velho e gagá. Collor de Melo, apesar de ainda ser senador da República, está para ser preso, pois já foi condenado pelo STF a oito anos de cadeia e Jair Bolsonaro, acuado e já esquecido por grande parte de seus devotos e radicais seguidores, está inelegível por enquanto e caminha célere para a prisão para pagar por seus maus feitos enquanto era o chefe da nação. Os crimes que Bolsonaro e seus asseclas cometeram são inúmeros. Pode até não ser condenado por corrupção, apesar de ter chefiado um governo repleto de roubalheiras. A péssima condução do país em plena pandemia do coronavírus com a morte de mais de 700 mil brasileiros não sairá tão cedo dos corações e mentes dos nossos cidadãos. O insistente negacionismo e a recusa em trazer vacinas depõem contra o “Mito”.
Mas não foi somente isso de ruindade. Bolsonaro permitiu e até incentivou a devastação da Amazônia, deixou o garimpo assassino ir às terras indígenas e foi o maior responsável pelo genocídio dos Yanomamis em Roraima. Pior: durante os quatro longos anos em que esteve à frente do Brasil, os países desenvolvidos e civilizados do mundo praticamente romperam suas relações com o nosso país. Noruega e Alemanha deixaram de contribuir para o Fundo Amazônia e só voltaram a cooperar depois que Lula foi eleito e assumiu o poder. Bolsonaro e sua turma de aloprados atentaram várias vezes contra a nossa democracia e só não deu um golpe por que a conjuntura política internacional não permitiu. Derrotado, o aprendiz de ditador não reconheceu o resultado das urnas e jogou milhares de seguidores na frente dos quarteis para pedir uma patética intervenção militar.
Mas antes disso, o destrambelhado mandatário fugiu desesperado para os Estados Unidos e provavelmente tramou a invasão de Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. Agora terá que prestar contas com a Justiça. Os terroristas do 8 de janeiro estão presos e devem pegar pelo menos 30 anos de cadeia. Hoje não se vê mais nenhum “patriota” na frente dos quarteis. Mauro Cid, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro está no xilindró. Anderson Torres, o ex-ministro da Justiça do Bozo, também está preso em Brasília, assim como o ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques. Se algum deles “der com a língua nos dentes”, as coisas podem se complicar ainda mais para o quarto pateta da nossa política. Não há a menor dúvida de que ele atentou contra a democracia nacional e por isso deve pagar um preço alto. Enquanto isso, muitos dos bolsonaristas estão inquietos. O Brasil e Rondônia já aderem “convictos” a Lula: ponte em Guajará e BR-364 duplicada.
*Foi Professor em Porto Velho.
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