Sérgio Pires
Publicada em 04/09/2023 às 08h10
CADÊ AS IMAGENS QUE ESTAVAM AQUI E QUE PODERIAM CULPAR GOVERNISTAS POR OMISSÃO NO 8 DE JANEIRO?
Houve omissão. Está claro. Não há dúvidas. Mas como essa constatação pode atingir autoridades do novo governo brasileiro, que recém assumira no 8 de Janeiro, certamente não haverá quaisquer medidas drásticas como haveriam, caso os corresponsáveis fossem, por exemplo, do governo anterior. Tudo no Brasil hoje se tornou “nós contra eles”. Infelizmente, esse confronto saiu do meio político e da população para ter, também, a participação direta de setores do Judiciário. Como se tem observado em várias decisões seguidas do STF, punindo duramente quem é “deles” e fazendo de conta que “os nossos” não cometerem qualquer ilícito. Imagine-se, por exemplo, que quem estivesse no poder no 8 de Janeiro fosse o grupo liderado por Jair Bolsonaro e, meses depois de tanta confusão, de brigas, de prisões inclusive de inocentes, seu ministro da Justiça fosse à público para dizer que as filmagens do dia, que poderiam prejudicá-lo e poderiam deixar clara a omissão do próprio governo nos momentos dos atos de vandalismo, simplesmente foram apagadas. Foi isso que fez o ministro Flávio Dino, jogando a culpa na empresa terceirizada que, segundo ele, pelo contrato pode apagar todas as imagens a cada período. Embora tenha dado essa versão chinfrim só agora, quase nove meses, Dino não ficou nem ruborizado.
O senador rondoniense Marcos Rogério, atuante na CPMI que investiga os atos do 8 de Janeiro, fez duros pronunciamentos tanto na tribuna quanto nas redes sociais, exigindo explicações. A maioria governista que compõe a CPMI, contudo, encaminha todas as acusações de omissão contra policiais e subalternos militares, fazendo de conta que nem Dino e nem o ex-comandante da GSI, o então ministro Gonçalves Dias, não tiveram alguma coisa a ver com a clara e transparente omissão no dia fatídico. Agora, os fatos mudam de acordo com quem é denunciado. Se é “deles”, todo o peso da lei. Se é “nosso”, qualquer acusação não passa de perseguição política. O Brasil, decididamente, não é um país sério!
JÁ FERVEM OS BASTIDORES DA POLÍTICA MESMO A MAIS DE UM ANO ANTES DAS ELEIÇÕES PARA A PREFEITURA. A CORRIDA JÁ COMEÇOU!
A quatro meses do final do ano e do início de um novo ano eleitoral, quem não vive no planeta da política pode imaginar que ainda é muito cedo para se falar em sucessão municipal. Claro que esse é um erro de principiante! Os bastidores fervilham, de Vilhena a Guajará Mirim; de Porto Velho a Costa Marques; de Cacoal e Ji-Paraná até Ariquemes e Machadinho. Nas comunidades, enquanto a população batalha para trabalhar e sobreviver, no mundo da política o único alvo é a urna e os votos que nela contém, para eleger aqueles que a praticam. Em Porto Velho, por exemplo, a cada dia que passa surgem novos nomes para a corrida pela cadeira de Hildon Chaves. Os nomes que aparecem como principais (no quadro do momento), são os de Mariana Carvalho, Fernando Máximo, Marcelo Cruz, Cristiane Lopes, Léo Moraes e Vinicius Miguel. Mas Williames Pimentel, Flávia Lenzi, Fátima Cleide ou Ramon Cujuí, em nome do PT; o atual presidente da Câmara, Márcio Pacele, além do eterno representante do Psol, Pimenta de Rondônia, podem também estar na disputa. Nas principais cidades rondonienses, as disputas serão acirradas, enquanto em outras os prefeitos que ainda estão no primeiro mandato (como é o caso de Adailton Fúria, em Cacoal e de Alex Testoni, em Ouro Preto), tendem a uma reeleição sem grandes dificuldades. O mundo da política nunca para. No dia seguinte à uma eleição, já começa a tratar da próxima. Em Rondônia, a corrida já começou...
RONDONIENSES VÍTIMAS DOS VOOS E DE GOLPES REAGEM: A BATALHA CONTINUA, INCLUSIVE NO JUDICIÁRIO
Os consumidores rondonienses estão sofrendo nas mãos das companhias aéreas, que diminuíram seus voos e andam cobrando preços abusivos pelas passagens, mas também nas de operadoras de turismo, como a 123 Milhas, que passou a perna em milhares de clientes Brasil afora, dezenas deles do nosso Estado. No caso das aéreas, o assunto ainda vai longe. A pressão para a volta dos voos, ao menos aos patamares anteriores, tem um novo capítulo a cada semana. Em Rondônia, o governo protestou contra a diminuição, lembrando que baixou significativamente a tributação sobre o ICMS dos combustíveis de avião, atendendo pedido das próprias empresas. Da Assembleia, a pressão vem de parlamentares e de comissões que convocam representantes das principais organizações que nos atendem com voos nacionais, para explicações. Em Brasília, a bancada federal pressiona a ANAC, para que intervenha no problema. O MP e a OAB também estão mobilizados. Aliás, em relação à entidade dos advogados, o caso se tornou mais complexo. Depois que um representante da Azul, numa audiência da ALE culpou os advogados de Rondônia por tantas ações contra a companhia, a direção regional da OAB decidiu ingressar com uma interpelação judicial contra a empresa, exigindo explicações na Justiça. Até podemos perder os voos, mas vamos perder brigando. Aqui, felizmente, não é terra de ninguém, como possam imaginar essas poderosas empresas aéreas.
AMAZÔNIA + 21 E SUDAM: PARCERIA FORMADA PARA AMPLIAR PROJETOS DE SUSTENTABILIDADE PARA NOSSA REGIÃO
Foi um encontro muito positivo entre Marcelo Thomé, o presidente da Fiero e comandante geral do projeto Amazônia +21, uma das iniciativas de maior sucesso para o desenvolvimento sustentável da nossa região e Paulo Rocha, superintendente da Sudam. Ao comentar o assunto, em suas redes sociais, Thomé destacou que “reafirmamos nosso compromisso conjunto para impulsionar o desenvolvimento econômico da Amazônia” . O líder empresarial e que coordena um projeto vencedor, afirmou ainda que “a parceria entre o Instituto Amazônia + 21 e a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam, é importante para nossa jornada rumo a um futuro mais sustentável. Juntos, estamos dedicados a promover negócios que não apenas impulsionem o desenvolvimento econômico, mas também respeitem e preservem a incrível biodiversidade e os recursos naturais que a Amazônia abriga!” Depois de agradecer a Paulo Rocha “pela receptividade construtiva e produtiva”, Thomé acrescentou ainda que “juntos continuaremos a construir pontes para o desenvolvimento consciente e sustentável, garantindo assim, sublinhou, um futuro para nossa região amazônica e suas comunidades. Edwilson Negreiros prestigia evento que concedeu mais de 450 títulos definitivos de propriedade a moradores de Porto Velho.
A SABEDORIA DE UM BRASILEIRO QUE SINTETIZA, EM SUAS FRASES, O QUE ESTÁ ACONTECENDO EM NOSSO PAÍS
Há uma voz no Brasil que não pode deixar de ser ouvida. O esquerdista Aldo Rebelo, que foi do PC do B, ou seja comunista de carteirinha por mais de 20 anos e que hoje está no PSB, com passagem por alguns dos mais importantes cargos tanto no Executivo como no Legislativo; ministro que foi dos presidentes Lula e Dilma Rousseff, tem feito declarações e análises sobre o Brasil (e muito sobre a Amazônia), que precisam ao menos serem de conhecimento público. Obviamente que a grande mídia nada divulga. Não fosse uma série de vídeos com depoimentos e algumas entrevistas em órgãos principalmente divulgados na internet, não se teria ideia da sabedoria que este grande brasileiro tem a oferecer ao seu país. Vale a pena registrar algumas delas, sobre o momento que vivemos:
-“O Brasil não tem mais uma Constituição. Tem onze Constituições ambulantes. Cada ministro do STF é uma delas, porque cada um interpreta a Constituição do jeito que quer!”
“Nossa Constituição foi feita num momento infeliz, logo depois dos governos militares. A sociedade civil queria fazer um acerto de contas com os militares, por terem fechado o Congresso e cassado mandatos. Daí, emponderaram as corporações civis, como vacina contra as organizações militares”.
PIB NACIONAL CRESCE, ENQUANTO RONDÔNIA REGISTRA A SEGUNDA MAIOR RENDA PER CAPITA DO BRASIL
O PIB brasileiro cresceu 0,9 por cento no último trimestre. A soma de todas as riquezas do país bateu nos 2 trilhões e 661 bilhões de reais, fato comemorado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Só a produção agrícola, que puxou os números para cima, cresceu 17 por cento no mesmo período. Rondônia também tem o que comemorar. É hoje o Estado com o segundo maior crescimento do PIB no país, proporcionalmente à sua população. Os 51 bilhões e 600 bilhões do nosso PIB, representam hoje uma renda, por habitante, de 32.600 reais, superior a 13 por cento a mais do que a mesma média registrada pelo IBGE, em 2020. A nova pesquisa traz um mapa com a atualização do PIB per capita de todos os estados brasileiros. O valor decorrente da produção econômica nas áreas de agronegócio, indústria e serviços de cada estado foi dividido pela quantidade de habitantes registrada pelo IBGE em 2022. Entre as 27 unidades federativas, 24 tiveram acréscimos no PIB per capita. Os maiores foram no Amapá, com mais 17,6 por cento; Rondônia, com 13,7 por cento e Distrito Federal, com 8,5 por cento. Ainda, conforme a pesquisa, Rondônia tem o maior PIB per capita da região Norte, seguido do Amazonas, Tocantins e Roraima. Como na maioria das regiões do país, foi a produção da agricultura e da pecuária, no contexto do agronegócio, que impulsionou o crescimento, acima das melhores expectativas.
PATRULHA RURAL USA ALTA TECNOLOGIA PARA EVITAR INVASÕES ILEGAIS EM MAIS DE 145 MIL PROPRIEDADES NO ESTADO
Os resultados positivos, em pouco tempo, já são colhidos. As invasões ilegais de propriedades diminuíram drasticamente, depois da criação, pelo governo do Estado, via Sesdec, de Patrulhas Rurais em todos os onze Batalhões da Polícia Militar no Estado. Equipes especialmente treinadas, num programa que tem investimentos de mais de 3 milhões de reais, combatem não somente os grupos criminosos que atacam fazendas e propriedades, como ainda atuam contra o tráfico de drogas e crimes de fronteira. O programa se resume na identificação de propriedades que podem ser sujeitas a ação de criminosos. Então, é feito um cadastro pelos policiais, que traçam uma rota de patrulhamento, lançando mão de alta tecnologia. Todos os dados da propriedade ficam registrados no sistema e o policiamento é feito regularmente. Segundo dados oficiais da Sesdec, há no Estado nada menos do que 145 mil propriedades rurais, mais de 100 mil delas pequenas, além de 14 mil quilômetros de linhas, estradas e rodovias que podem ser utilizadas pelos criminosos e que precisam ser policiadas. Mais ainda: temos mais de 1.300 quilômetros de fronteira com a Bolívia, um dos maiores produtores de cocaína no país, onde as Patrulhas Rurais também atuam. O programa envolve, inicialmente, 50 policiais militares de todos os batalhões, que foram capacitados para a atuação nessa área.
PROPOSTA DE CRISPIN QUE ACABA COM ESTAMPIDOS E BARULHO DOS FOGOS DE ARTIFÍCIO É APROVADO NA ASSEMBLEIA
Festa pode ter. Fogos de artifício também. O que não pode mais é aquela barulheira tradicional. Fogos só sem barulho, sem os estampidos que infernizam principalmente idosos, crianças, pessoas com deficiência e assustam os animais. Internos nos hospitais, que precisam de repouso e silêncio, também serão poupados do infernal barulho dos fogos, em datas festivas e, principalmente no Ano Novo. Ainda dependendo da sanção do governador Marcos Rocha, projeto de autoria do deputado Ismael Crispin, que continua sem partido, foi aprovado na Assembleia Legislativa, depois de ter percorrido as comissões e sendo discutido desde fevereiro deste ano. A festa mantida, sem o barulho que afeta a milhares de pessoas e os animais, é uma premissa importante, na proposta de Crispin. “Não se quer prejudicar a indústria dos fogos de artifício, mas nossa proposta pretende, sim, se tornar um apelo a uma celebração mais consciente e inclusiva, para não prejudicar tanta gente que sofre por causa de tanto barulho. Precisamos evoluir”, disse o parlamentar, ao comentar o tema. Acrescentou que, por exemplo, o prefeito de Florianópolis, uma capital tradicionalmente festiva, anunciou que no Reveillon de 2024, não serão utilizados fogos com estampido”.
PERGUNTINHA
Na sua opinião, a queima de balsas e dragas no rio Madeira são ações corretas e necessárias para proteger a natureza ou apenas truculência que não vai resolver o problema, que impede o trabalho de centenas de garimpeiros?
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