Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 04/09/2023 às 14h50
A polarização das eleições presidenciais em 2022 entre Lula e Bolsonaro não foi bom para o sistema político-partidária do País. Nada polarizado tem bons resultados e na política a situação não é diferente.
As eleições terminaram, mas as trocas de acusações entre os lulistas e bolsonaristas continuam tendo como principais “fomentadores” as redes sociais, compostas quase a totalidade de asneiras e fakes news. A informação é apenas um detalhe.
A crise econômico-financeira das prefeituras é uma realidade. E os lulistas acusam os bolsonaristas e os lulistas. O corte de ICMS de Estados e municípios estaria em torno de R$ 115 bilhões, uma herança do governo Bolsonaro. Os bolsonaristas atribuem a situação ao aumento de ministérios de 23 para 38 do governo Lula. Até pode ser culpa de ambos...
No Paraná, mais da metade dos municípios está com arrecadação bem inferior desde o início do ano, mas somente agora os prefeitos estão se inteirando da realidade. Técnicos que realmente tenham um mapa real da situação sabe que o problema não é de agora, mas de décadas. No Nordeste prefeitos estão se manifestando, porque não conseguem arcar com folha de pagamento e fornecedores.
O Brasil tem 5.568 municípios, segundo matéria do ex-editor-chefe do jornal “O Paraná”, de Cascavel, no site do amigo Antonio Sbardelotto, “Alerta Paraná”, com o título “Quem doma este monstro?”, postado hoje (4). Do total de municípios, 1.324 têm menos de 5 mil habitantes. O Paraná tem 399 municípios sendo que 102 nas mesmas condições.
E Rondônia? Quantos dos 52 municípios têm vida própria, se mantém com as próprias pernas, como se diz popularmente? Com certeza não são muitos. Com certeza.
As eleições gerais a presidente da República, governadores, duas das três vagas ao Senado de cada Estado e do Distrito Federal, Câmara Federal e Assembleias Legislativas, já se foram.
Os políticos brasileiros devem repensar a situação e buscar urgentemente soluções para o futuro econômico, social e financeiro do Brasil, que não é nada alvissareiro. Já passou de a hora de “desenterrar” a PEC do Pacto Federativo, que prevê a extinção de todos os municípios com população abaixo de 5 mil habitantes.
No caso de aprovação da PEC teríamos menos 1.324 prefeituras, o mesmo número de prefeitos, mais uma “pacotaço” de vereadores, secretários, etc. etc. etc.
Rondônia, por exemplo, tem Pimenteiras do Oeste, com menos de 4 mil habitantes (Censo de 2022), que tem um prefeito, nove vereadores, secretários, assessores. O vereador mais bem votado obteve 148 votos e o que recebeu menos votos, 44. A prefeita Valéria Garcia (PP), somou 598.
SOS Brasil, PEC do Pacto Federativo urgente...
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2023/09/congresso-deve-votar-a-pec-do-pacto-federativo-devido-a-crise-e-rondonia-quantos-dos-52-municipios-tem-vida-propria,170285.shtml