Rondoniadinamica
Publicada em 06/09/2023 às 11h22
A participação do deputado delegado Rodrigo Camargo (Republicanos-Ariquemes) na reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Ale), na terça-feira (5), trouxe à tona questões críticas que requerem a atenção imediata das autoridades de saúde em Rondônia. Com o planejamento do Orçamento do Estado de 2024 em andamento, as observações do parlamentar após sua visita recente ao Hospital Regional (HR) de Cacoal e ao Hospital Regional de Ariquemes destacam sérios desafios enfrentados pelo sistema de saúde local.
No Hospital Regional de Cacoal, que atende uma vasta região com cerca de 800 mil habitantes, a falta de recursos humanos, em especial de médicos, é um problema crítico. A situação se agrava à medida que médicos migram para municípios vizinhos, o que pode esvaziar ainda mais a capacidade de atendimento da unidade. Um dos fatores que contribui para essa migração é a discrepância na remuneração, com médicos plantonistas recebendo consideravelmente mais dos municípios do que do Governo do Estado.
A disparidade salarial tem levado os profissionais a priorizarem os municípios, gerando um desequilíbrio no atendimento médico nas unidades estaduais. É imperativo que o governo estadual e as prefeituras busquem um entendimento para corrigir essa discrepância, pois a saúde pública envolve vidas e não pode ser negligenciada.
O HR de Cacoal enfrenta a falta de médicos a ponto de ter que fechar sua UTI 2, enquanto a UTI 1 de pediatria, que possui sete leitos, também corre o risco de seguir o mesmo caminho. Cirurgias eletivas estão sendo adiadas, impactando o acesso dos pacientes a procedimentos necessários.
Além disso, o deputado destaca a preocupação com uma empresa que anteriormente administrava o HR de Cacoal, a (...) que deixou a unidade sem orçamento para o ano em curso. Isso levanta a necessidade urgente de uma reunião envolvendo o governo estadual, deputados e prefeitos da região para encontrar soluções para essa grave situação financeira.
Em relação à saúde respiratória, que se tornou crucial durante a pandemia de COVID-19, chama a atenção o caso do Hospital Regional de Ariquemes, que recebeu quase R$ 1 milhão do governo estadual para implantar uma usina de oxigênio. No entanto, a usina foi construída, mas não está operacional devido à falta de canalização adequada. Essa situação resultou na continuação da compra de oxigênio engarrafado, mesmo após o investimento na usina.
O deputado Rodrigo Camargo deve compartilhar suas descobertas com seus colegas e buscar soluções com as autoridades competentes, incluindo o governador Marcos Rocha e o secretário Jefferson Moura, bem como os prefeitos e vereadores das regiões afetadas. A saúde deve permanecer como prioridade incontestável na administração pública, garantindo o acesso adequado aos serviços essenciais à população.
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