Noticia ao Minuto - Portugal
Publicada em 13/09/2023 às 11h03
Quarenta civis perderam a vida em decorrência de ataques aéreos ocorridos em dois mercados e vários bairros de Nyala", relatou uma fonte médica que foi contatada por telefone pela agência de notícias francesa AFP em Wad Madani, situada a 200 quilômetros ao sul de Cartum.
Testemunhas na região já haviam informado anteriormente à AFP que "ataques de aeronaves de combate do exército" atingiram os dois mercados da localidade.
Clémentine Nkweta-Salami, coordenadora humanitária da missão da ONU no Sudão, em um comunicado à imprensa, alertou sobre "assassinatos em curso de civis em Nyala, Cartum e el-Facher (Norte de Darfur)".
A representante das Nações Unidas fez um apelo ao exército e aos paramilitares para "preservarem a vida dos civis", após a morte de pelo menos 46 pessoas no domingo, em ataques aéreos em Cartum, um dos episódios mais mortais em quase cinco meses de conflito no Sudão.
Desde 15 de abril, data em que se iniciaram os confrontos sangrentos entre o exército sudanês e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FSR), já perderam a vida pelo menos 7.500 pessoas.
Em um período de um mês, mais de 50 mil pessoas foram forçadas a abandonar Nyala, onde as redes de comunicação permanecem interrompidas devido à intensidade do conflito, conforme informou a ONU.
No final de agosto, 39 pessoas foram mortas em um único dia em Nyala, que é a segunda cidade mais populosa do Sudão.
Por sua vez, o chefe do exército sudanês, general Burhane, realizou uma visita à Turquia hoje, país que é um dos seus principais aliados, sendo esta a sua quinta viagem ao exterior desde o início da disputa pelo poder com os paramilitares.
Diversas tentativas internacionais de mediação até o momento não conseguiram estabelecer uma trégua duradoura entre as partes em conflito no Sudão.
Esses combates, que já resultaram em quase cinco milhões de deslocados e refugiados, agravaram a crise humanitária neste país, um dos mais pobres do mundo.
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