Sérgio Pires
Publicada em 20/09/2023 às 08h40
VINDA DE MAIS DE MIL APAIXONADOS PELA PESCA ESPORTIVA: ESTE TIPO DE TURISMO DE RONDÔNIA SÓ CRESCE, MESMO SEM ESTRUTURA
O caso triste e lamentável da morte de 14 pessoas, entre elas 12 pescadores, com a queda de um avião no Amazonas, nesta semana, é uma faceta lamentável e inesperada de um setor que dispara em crescimento na nossa região, incentivando o turismo e trazendo riqueza para muitas cidades. Embora os números oficiais não sejam divulgados, pessoas com experiência na área, como Márcio Araújo, que trabalha com pescadores amadores há cerca de 20 anos, pode-se calcular que cerca de mil empresários, profissionais liberais e amantes do esporte do Brasil e de vários outros países aterrissam em Porto Velho, partindo daqui para os rios da região e do sul do Amazonas, em busca das emoções. Claro que os tempos são outros e hoje é praticamente impossível encontrar uma Piraíba de 200 quilos, como a que foi pega por Chico Coringa, um antigo pescador que conhecia como ninguém o rio Madeira e seus peixes gigantescos, na década de 80. Conhecida como “tubarão de água doce”, a Piraíba ainda existe em alguns rios, mas já não as há imensas e com tanto peso como havia há algumas décadas. O próprio Márcio Araújo já pegou uma de 128 quilos. Pirararas de 70, 80 e até 100 quilos ainda existem no rio e é esse tipo de peixe, junto com Pirarucus, Dourados, Jaús e tantos outros que os visitantes procuram. Normalmente, os pescadores vêm em grupos, já com toda a estrutura montada, incluindo hotéis de selva que os abriga por alguns dias. Chegam com todo o aparato, compram mantimentos e se embrenham pelas matas, acompanhados de canoeiros e profissionais que conhecem os rios como ninguém.
Muitos dos turistas da pesca vão direto a Manaus e a Barcelos, cidade onde caiu o avião que vitimou tantas pessoas. Mas, pelo aeroporto internacional Jorge Teixeira, há meses do ano em que eles chegam às dezenas, se deslocando de Porto Velho para as principais regiões de pesca (rio Madeira, Mutum, Machado, Preto e tantos outros), em busca de uma aventura que jamais esquecerão por toda a vida. É um tipo de turismo que cresce muito, mesmo com a falta de estrutura, porque, para muitos pescadores que aqui chegam, tudo é uma aventura, pelo que enfrentarão na selva, com pequenos aparatos de apoio e segurança. Mas a pesca é um meio de riqueza para nossas comunidades que vivem no entorno dos rios. Está na hora de se pensar em investimentos sérios, pelo retorno que ele pode proporcionar.
DOS TRÊS SENADORES, SÓ BAGATTOLI NÃO TERÁ NADA A PERDER, CASO DISPUTE O GOVERNO EM 2026
Cada um ocupando sua faixa na política. Cada um com planos diferentes, mas com os olhos voltados para um objetivo comum: a cadeira de governante no Palácio Rio Madeira/CPA. Dos três senadores de Rondônia, dois deles terminam seus mandatos em 2026. Confúcio Moura, que no final do seu segundo mandato no Senado terá 78 anos, ainda não confirmou, com certeza, que poderá disputar novamente o governo de Rondônia, onde também cumpriu dois mandatos. Já Marcos Rogério é nome certo na urna, entre os que concorrerão à sucessão de seus xará, o outro Marcos, o Rocha. Jaime Bagattoli segue como principal bolsonarista em sua cadeira senatorial e é baseado nisso que ele está se preparando para disputar o Governo, daqui a três anos. Não terá nada a perder. Caso não consiga atingir seu objetivo, terá ainda, até 2030, seu mandato de senador. Confúcio e Marcos Rogério terão que optar. O longevo ex-prefeito de Ariquemes, ex-deputado federal, ex-governador e atual senador terá fôlego para uma disputa pelo Palácio do Governo? Vai optar por manter sua cadeira no Congresso? Neste momento, Confúcio não fala sobre o assunto. Vai deixar para decidir na última horam como sempre o fez. Já Marcos Rogério, ainda com pouca idade, é um destaque na política nacional, por sua performance na CPI do Circo (Pandemia) e agora na CPMI do 8 de Janeiro. Seu sonho, contudo, é governar Rondônia. São três políticos importantes, com tipo de ação diferentes, mas com possibilidades abertas para o futuro. Qual o caminho que cada um escolherá?
RIO BAIXO, BALSAS COM MEIA CARGA: É RISCO CONCRETO DE FALTAR ÓLEO DIESEL NOS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS
Por falar em rio, a situação do Madeirão preocupa muito. Em alguns trechos, o rio está com pouco mais de um metro e meio de profundidade. Com isso, as balsas que trazem combustíveis pelo rio, só podem navegar com meia carga. E essa é uma das causas do risco de desabastecimento de óleo diesel, que já está faltando em muitos postos na Capital e cidades do interior. Há, neste pacote problemático, também a questão dos preços internacionais, que não são acompanhados pela Petrobras e que causa dificuldades na liberação do diesel pelas distribuidoras. Contudo, neste momento, a principal causa da falta do produto é mesmo o rio exageradamente baixo, como poucas vezes se viu nas últimas décadas. Na maioria dos postos de combustíveis, o óleo S 10 já está sendo racionado. Somente clientes do próprio posto ainda têm prioridade. Também há risco de que, caso a navegação no Madeira seja suspensa, o diesel terá que vir para a Capital por Rodovia, o que significaria um reajuste nos custos e, claro, no preço final do consumidor. Nas últimas semanas, o diesel está com preço médio em baixa, mas, com a situação nos rios da Amazônia e principalmente no Madeira, pode fazer com que isso mude rapidamente. Os próximos dias desta semana serão cruciais para se saber se acabará ou não o diesel S 10 para o consumidor.
TEMPERATURAS PODEM BATER NOS 45 GRAUS: ONDA DE CALOR É UMA DAS MAIORES EM DÉCADAS, NA NOSSA REGIÃO
Uma coisa puxa a outra: o clima em Rondônia está terrível, como está em pelo menos outros 14 Estados brasileiros. Como as frentes frias do Rio Grande do Sul estão enfrentando uma espécie de barreira climática, grande parte do país, incluindo toda a Amazônia, está sofrendo com termômetros que podem superar os 45 graus. Nas últimas semanas, para piorar, várias cidades rondonienses enfrentaram temporais, rápidos mas violentos, causando muitos danos materiais, mas, felizmente, nenhuma morte registrada. Na zona leste da Capital, os ventos inesperados derrubaram telhados, muros e portões de casas. A previsão é que o clima continue nessa espécie de inferno de calor por pelo menos mais uma semana e meia, a partir de agora. A meteorologia também informa que os ventos e os temporais podem voltar, eventualmente e a Energisa, distribuidora de energia no Estado, tem orientado a população e redobrar os cuidados, quando as tempestades acontecerem, para que não haja acidentes e nem queima de eletrodomésticos. O problema maior de um calor tão intenso é que ele atinge principalmente os idosos. Quem não tem ar condicionado ou ventiladores potentes em casa, não consegue dormir direito. Enchentes destruidoras no sul; calor infernal no norte: há algo de muito estranho acontecendo com o nosso clima.
FOI MESMO GOLPE DE ESTADO, SEM ARMAS E APENAS COM VANDALISMO? HAVERÁ A VERDADEIRA JUSTIÇA PARA OS RÉUS?
Há alguma dúvida de que todos os denunciados pelos atos de 8 de Janeiro serão condenados? Ficou clara a decisão de pelo nove dos onze ministros do STF em realizarem o julgamento (que, pela Constituição, não deveria ser feito pela Corte Supremo, mas em instâncias inferiores) de ignorarem a defesa de todos os réus, pelo menos até agora. O que está acontecendo é que os atos de vandalismo foram considerados tentativa de golpe de Estado, mesmo sem o uso de armas ou de qualquer ato que não fosse contra o patrimônio, tornando-se assim o primeiro golpe para derrubar um governo usando apenas gritos e truculência em ações de vândalos. Mas, para manter a decisão, já tomada muito antes do início dos julgamentos, de que os atos teriam que ser tratados como crime gravíssimo contra a Nação, a decisão da maioria dos ministros não poderia ser outra. Quando contestado pelo desembargador aposentado Sebastião Coelho, que disse, durante sessão no STF, que os ministros do tribunal eram as figuras mais odiados do país e o ministro Alexandre de Moraes contestou, dizendo que o ódio vinha de uma minoria, ignorando totalmente a realidade do país que ele manda. Haverá Justiça verdadeira contra os vândalos de 8 de Janeiro?
CONCLUSÃO DO ESPAÇO ALTERNATIVO: ESTACIONAMENTO MAIS UMA VEZ NÃO TEM PRAZO PARA SER ENTREGUE
Mais uma vez, uma obra esperada pela comunidade há longo tempo e prometida para ser concluída ainda durante o mês de outubro, não o será mais, ao menos no prazo anunciado. O estacionamento do Espaço Alternativo, último grande empecilho para que toda a estrutura seja completa, vai ficar para sabe Deus quando der! A explicação agora é que, com a novidade da obra da nova avenida Santos Dumont, todo o projeto inicial terá que ser readaptado para se encaixar num sistema que não estava anteriormente previsto. O Espaço Alternativo é daquelas obras que, parece, nunca serão totalmente concluídas. Feitas aos poucos, sua principal atração passou a ser a passarela ali instalada, diferente de tudo o que a cidade de Porto Velho tem e premiada em concurso nacional de arquitetura para cidades. Afora isso, o local, que se tornou o principal ponto de encontro dos porto-velhenses, principalmente nos finais de tarde e à noitinha, acabou também sendo alvo de vândalos e ladrões de fiação elétrica, ficando às escuras várias vezes e, ainda, tendo algumas das suas atrações, como bancos de madeira, usados para que bêbados malucos fizessem churrasco no local. A vigilância do local melhorou um pouco, mas há sempre coisas a fazer. Contudo, a falta de um local de estacionamento é, hoje, o maior problema do Espaço. Não há prazo para que a obra seja entregue. Quem sabe antes que 2026 acabe?
PRESIDENTE DA FIERO DESTACA 37 ANOS DA ENTIDADE E ALGUMAS DAS SUAS PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES À RONDÔNIA
Num artigo assinado por ele, o presidente da Federação das Indústrias de Rondônia, a Fiero, empresário Marcelo Thomé, comemorou os 37 anos da entidade, comemorados esta semana. Escreveu, entre outras coisas que “a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) completa 37 anos de existência e a sua história está vinculada a do desenvolvimento de Rondônia. A entidade nasceu na mesma década da criação do Estado e se consolidou, defendendo ações importantes” como “a luta pela melhoria de sua infraestrutura; bandeiras audaciosas como a saída para o Pacifico, que resultou na criação da nova rota terrestre, com grandes oportunidades de intercâmbio comercial e cultural com os países andinos e principalmente oportunizando acesso aos portos do Pacífico e ao pujante comércio asiático. Agora comemora o anúncio da construção da ponte binacional que ligará Rondônia à Bolívia”. Mais adiante, o presidente da Fiero afirma que “a FIERO também travou e esteve presente como um dos principais atores contra às forças contrárias a implantação das usinas Santo Antônio e Jirau, construídas no rio Madeira, e que juntas têm uma potência instalada de mais de 7.000 MW, tornando assim Rondônia um grande produtor e exportador de energia limpa para todo o país”. Sublinhou ainda que “A FIERO defende um novo modelo industrial, o combate às desigualdades regionais e o protagonismo da Amazônia para uma economia verde, e assim se tornar como referência de uma posição mais forte do setor produtivo brasileiro por uma economia mais sustentável. Investimentos em tecnologias limpas, para reduzir as emissões de carbono e adotar processos de produção mais eficientes, a indústria não só contribui para a proteção do meio ambiente, mas também impulsiona a sua própria eficiência e competitividade”.
ASSEMBLEIA LOTADA NA ABERTURA DO HISTÓRICO ENCONTRO NACIONAL DAS COMISSÕES DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA
O primeiro dia foi de um evento grandioso, de conotação nacional, reunindo representantes de várias Assembleias Legislativas; de Câmaras de Vereadores e autoridades de todos os poderes. Se a intenção era reunir num só ambiente gente que pudesse debater, trocar ideias, aprofundar as questões que envolvem as questões de produções de leis compatíveis com todos os requisitos constitucionais, não poderia haver lugar melhor do que o lotadíssimo plenário da ALE rondoniense, na abertura do 1º Encontro do Fórum Permanente das Comissões de Constituição, Justiça e Redação dos parlamentos brasileiros. Autoridades de todos os poderes participaram e o presidente Marcelo Cruz as recebeu de braços abertos, destacando a importância do evento, em seu discurso de abertura. O mesmo o fez o deputado Ismael Crispin, presidente da CCJR do parlamento rondoniense e idealizador do encontro. Na mesa principal, também estavam personalidades da estatura do desembargador Alexandre Miguel, do TJ; o procurador geral do Estado, Thiago Denger e da deputada Edna Auzier, do Amapá, presidente do parlamento amazônico. Marcelo Cruz destacou ainda, em suas palavras, que a harmonia entre os poderes tem sido vital para que Rondônia continue trilhando o caminho de um desenvolvimento exemplar para o país e destacou que o encontro que começou nesta terça-feira e prossegue na quarta e na quinta, será um marco histórico para os parlamentos.
PERGUNTINHA
Você sabia que entre janeiro e abril deste ano, no primeiro quadrimestre portanto, foram criadas exatamente novas 8.915 empresas em Rondônia, com quase 30 por cento a mais sobre o mesmo período do ano anterior, abrindo centenas e centenas de novos postos de trabalho?
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