Metrópoles
Publicada em 18/10/2023 às 09h14
Após uma semana de conflito com o grupo extremista Hamas, Israel anunciou uma zona humanitária para ajuda a palestinos. A ajuda humanitária será fornecida na Faixa de Gaza, a partir da cidade de Al-Mawasi, e seu anúncio ocorre um dia após os ataques a um hospital na região.
Tanto Israel quanto a Jihab islâmica negaram a autoria do ataque que resultou em, pelo menos, 500 mortos.
A zona humanitária fica a 10 quilômetros do Egito, na fronteira ao sul de Gaza, e será fornecida aos civis que se deslocarem para a região. “Nós recomendamos o deslocamento para áreas abertas no oeste de Khan Yunis e, se for necessária, ajuda humanitária internacional será enviada para lá”, afirmou o coronel Elad Goren, em vídeo divulgado.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre outros órgãos da comunidade internacional, têm pedido que Israel crie um corredor humanitário. Ele será usado tanto para que a população palestina consiga sair da zona de guerra na Faixa de Gaza como para que bens de necessidade básica cheguem aos pontos mais afetados.
Na última terça-feira (17/10), a ONU denunciou crimes de guerra.
Números de mortos entre Israel e a Faixa de Gaza
Até o domingo (15/10), a guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas havia registrado 4.070 óbitos entre os dois povos. O Ministério da Saúde palestino contabilizou 2.670 mortes no conflito. Já a Embaixada de Israel informou que 1,4 mil pessoas perderam a vida. Além disso, há mais de 13 mil feridos, sendo 3,5 mil em Israel e 9,6 mil em Gaza.
O ataque à Faixa de Gaza ocorrerá “muito em breve”, de acordo com o discurso do porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, transmitido na noite do último sábado (14/10). Ele, contudo, não afirmou quando a ofensiva ocorreria, mas reforçou o pedido para que civis se dirigissem ao sul de Gaza.
O aumento da tensão no Oriente Médio tem acendido um alerta global. Os líderes latino-americanos não conseguiram entrar em um consenso, e até o presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, disse que a invasão da Faixa de Gaza por parte de Israel é “um grande erro”, ao mesmo tempo firmou apoio à nação israelense, por exemplo. Até o presidente russo, Vladimir Putin, diz tentar um cessar-fogo.
O mesmo ocorre com a ONU, que também não tem um consenso sobre a situação, e teve o acordo contra guerra travado. A expectativa é que o assunto seja retomado nesta terça-feira (17/10).
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