Metrópoles
Publicada em 23/10/2023 às 08h40
Pelo terceiro dia seguido, um comboio de caminhões de apoio humanitário entrou na passagem de Rafah vindo do Egito na segunda-feira com destino à Faixa de Gaza. No sábado e domingo passaram 34 caminhões. O número de caminhões no comboio de segunda-feira (23/10) foi semelhante a cada um daqueles dias.
Israel liberou aceitou um cessar-fogo específico na região para que a ajuda entrasse, mesmo com ataques em outras regiões de Gaza. Os israelenses seguem na perseguição ao grupo extremista Hamas, responsável por centenas de mortes de civis a partir dia 7 de outubro.
Autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU), no entanto, dizem que seriam necessários cerca de 100 caminhões diariamente para atender às necessidades essenciais em Gaza. As informações foram confirmadas por um trabalhador humanitário e duas fontes de segurança à agência de notícias Reuters.
No mesmo sentido, o principal diplomata da União Europeia pediu que o material de sobrevivência em Gaza deveria chegar em maior quantidade e mais rapidamente. Isso porque houve muito tempo de bloqueio por parte de Israel, os bombardeios aéreos continuam e existe, cada vez mais, o perigo de uma invasão terrestre em área palestina.
De acordo com Josep Borrell, alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, os europeus continuam a discutir uma potencial “pausa humanitária”. O objetivo é facilitar o fornecimento de ajuda aos civis palestino.
“O mais importante é pedir apoio humanitário para Gaza. “Nós, a União Europeia, aumentamos o nosso apoio, mas há filas e filas de caminhões à espera para entrar. Eles têm de entrar e tiveram de trazer coisas que são extremamente necessárias”, destacou o diplomata.
Comboio diário atual é insuficiente
Autoridades palestinas e egípcias confirmaram a chegada dos material humanitário no sábado e no domingo. Mas grupos de direitos humanos afirmam que é pouco diante da catástrofe no local. Nas contas deles, há 2 milhões de pessoas a ponto de ficar totalmente sem água, com perigo de morrerem de fome.
Além disso, os hospitais não contam com equipamentos ou energia para fazer funcioná-los. E chegaram a usar caminhões frigoríficos para manter os cadáveres.
Borrell destacou que existe a necessidade de combustível para que “centrais elétricas e estações de dessalinização” funcionem em Gaza. Por outro lado, exigiu que os reféns sequestrados pelo Hamas seja libertados.
“Faz parte de qualquer passo em direção à desescalada e temos que começar a pensar em como relançar o processo político”, afirmou o diplomata.
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