Metrópoles
Publicada em 04/11/2023 às 09h35
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, comentou o ataque israelense contra um comboio de ambulâncias na Faixa de Gaza. “Pacientes, profissionais de saúde, instalações e ambulâncias devem ser protegidos em todos os momentos. Sempre”, disse.
O chefe da organização ainda afirmou estar “totalmente chocado” com o ataque que resultou em “mortos, feridos e danos”. Adhanom também destacou a necessidade de um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
Um ataque aéreo promovido pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) atingiu um comboio de ambulâncias nesta sexta (3/11), em frente ao hospital Al-Shifa. A informação foi divulgada pela Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS), membro do Movimento Internacional da Cruz Vermelha.
De acordo com a organização, os veículos retornavam de uma missão para transportar feridos à fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, na cidade de Rafah. “Nossos colegas foram salvos por milagre”, diz postagem da organização na rede social X (antigo Twitter).
O Ministério da Saúde de Gaza, que é comandado pelo Hamas, informou que o ataque aéreo israelense em frente a um hospital da Faixa de Gaza deixou ao menos 13 mortos.
As Forças de Defesa de Israel confirmaram a autoria do bombardeiro e disseram que mirava alvos do Hamas. De acordo com comunicado das tropas israelenses, a ambulância atingida era usada pelo grupo extremista.
O texto acrescenta que alguns terroristas teriam sido mortos no ataque. “Nós temos informações que demonstram que os métodos de operação do Hamas são de transferir terroristas e armas em ambulâncias”, alega.
“Ressaltamos que esta área é uma zona de batalha. Os civis são repetidamente chamados a evacuar para o sul para sua própria segurança”, completa.
Guerra há quase um mês
O conflito acirrou-se em 7 de outubro, quando o grupo extremista Hamas promoveu um ataque surpresa contra Israel. A ação deixou mais de 1,4 mil mortos.
Em retaliação, o governo israelense tem bombardeado e empreendido incursões localizadas à Faixa de Gaza, que já deixaram mais de 9 mil mortos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza.
O conflito, no entanto, não dá sinais de arrefecer. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou, nessa segunda (30/10), que a nação descarta totalmente um cessar-fogo e disse que suspender a retaliação aos ataques do Hamas seria o “equivalente a uma rendição”.
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