Metrópoles
Publicada em 06/11/2023 às 10h46
Mais de 200 pessoas morreram na Faixa de Gaza em bombardeios noturnos de Israel, de acordo com informações do Ministério da Saúde palestino, nesta segunda-feira (6/11). “Mais de 200 mártires no massacre noturno”, afirma o ministério.
“São massacres! Destruíram três casas sobre as cabeças dos seus habitantes, mulheres e crianças”, disse à AFP um morador, Mahmoud Mechmech, em Deir al-Balah, no centro de Gaza.
Os ataques aéreos ocorreram mesmo com os pedidos de cessar-fogo conjunto por parte das Agências da Organização das Nações Unidas (ONU), no último domingo (5/11). “Já se passaram 30 dias. Já é suficiente. Isto deve parar agora”, afirma a declaração.
A declaração também revela que diversos trabalhadores que compõem as agências da ONU vieram a óbito e que, só da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (Unrwa), foram 88 profissionais mortos.
“Toda uma população está sitiada e sob ataque, sem acesso aos bens essenciais para a sobrevivência, bombardeada nas suas casas, abrigos, hospitais e locais de culto. Isso é inaceitável. (…) Dezenas de trabalhadores humanitários foram mortos desde 7 de outubro, incluindo 88 colegas da Unrwa – o maior número de vítimas mortais das Nações Unidas alguma vez registado num único conflito”, completa a declaração das agências da ONU.
As estatísticas dos bombardeios no Oriente Médio
O número de mortos na Faixa de Gaza está em pouco mais de 9,7 mil, e são mais de 32 mil feridos, de acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas, desta segunda-feira (6/11). Dos óbitos, 2/3 são de mulheres e crianças. A estatística chega a 1,9 mil feridos e 111 mortos na Cisjordânia.
Somando os 1,4 mil mortos em Israel durante o ataque do Hamas em 7 de outubro, o total chega a 11.281 vidas perdidas no Oriente Médio nesta guerra.
Resgate de brasileiros
A repatriação realizada pelo governo federal é chamada de Operação Voltando Em Paz e já trouxe mais de 1,4 mil pessoas ao Brasil, todas provenientes de Israel e, mais recentemente, da Cisjordânia. Agora, o governo federal negocia, por meios diplomáticos, buscar os 32 brasileiros na Faixa de Gaza, que ainda não saíram da região, após quatro listas de estrangeiros cruzarem a fronteira.
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