R7
Publicada em 18/11/2023 às 09h55
Os 35,8 milhões de eleitores argentinos comparecem às urnas neste domingo (19) para o segundo turno da eleição presidencial entre o ultraliberal Javier Milei e o atual ministro da Economia, o peronista Sergio Massa.
A disputa entre os dois candidatos pelo mandato de quatro anos na Casa Rosada está sendo considerada a mais acirrada e polarizada desde 1983, quando o país retornou à democracia após a ditadura militar.
As pesquisas eleitorais revelam que Massa e Milei estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro, mas numericamente com uma pequena vantagem para o atual ministro.
A situação faz os dois políticos lutarem até o último minuto para atrair os indecisos, cruciais para alcançar a vitória.
Com índice de inflação de 143% em termos anuais, Massa se esforça para ser visto como um líder capaz de superar a grave crise econômica da Argentina.
Milei entrou para a política apenas em 2021, quando foi eleito deputado. Ele tem como proposta eliminar o Banco Central e dolarizar a economia, para acabar com a emissão monetária e a inflação.
No primeiro turno, em 22 de outubro, Massa recebeu 37% dos votos e Milei 30%. Resultado que contrariou as pesquisas que mostravam que o ultraliberal sairia na frente na disputa.
Para o segundo turno, Milei recebeu o apoio do ex-presidente Mauricio Macri e de Patricia Bullrich, candidata da coalizão de centro-direita Juntos pela Mudança e que ficou em terceiro lugar (24%).
Milei, economista de 53 anos, encerrou a campanha na quinta-feira (16) com um comício em Córdoba diante de milhares de simpatizantes que lotaram as ruas desse reduto antikirchnerista. Aos gritos de "Liberdade!", eles aclamaram o candidato, que voltou a cantar no palanque depois do discurso.
Massa, advogado de 51 anos, optou por um encontro com um grupo de jovens no colégio Carlos Pellegrini, em Buenos Aires, um evento simples e de acordo com seu estilo mais sereno, de um político que transitou nas últimas décadas por vários governos, partidos e disputas eleitorais.
Há mais de uma década a economia não cresce, e a pobreza afeta mais de 40% da população.
A Argentina tem uma dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) por um programa de crédito de US$ 44 bilhões, que exige uma redução significativa do déficit fiscal.
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