Metrópoles
Publicada em 22/11/2023 às 14h37
O futuro presidente da Argentina, Javier Milei, agradeceu, nesta quarta-feira (22/11), a diversos líderes mundiais – e até ao papa Francisco – que o parabenizaram pela vitória nas eleições. No entanto, “esqueceu” de citar tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alvos de vários insultos por parte do argentino, quanto de Jair Bolsonaro (PL), apoiador de Milei.
“Obrigado a cada um dos líderes mundiais que me contataram para parabenizar nossa equipe e expressar seus bons votos para o futuro da Argentina”, escreveu Javier Milei no X (antigo Twitter).
“Corrupto e comunista”
Esse pode ser mais um indício de um possível “afastamento” do chefe de Estado brasileiro. O presidente argentino é conhecido por dar declarações polêmicas sobre o Brasil, país que, durante campanha eleitoral, ameaçou cortar laços.
Milei também já criticou o presidente Lula. Em uma das ocasiões, o futuro chefe da Casa Rosada descreveu o petista como “corrupto e comunista” e disse que não se encontraria com ele.
Por outro lado, Lula reconheceu a vitória de Javier Milei nas eleições da Argentina, realizada no último domingo (19/11), mas sem citar o nome do presidente eleito.
Já Bolsonaro parabenizou Milei por chamada de vídeo, na manhã de segunda-feira (20/11). Segundo a coluna do Igor Gadelha, do Metrópoles, Milei convidou o ex-presidente para sua posse, que está marcada para o dia 10 de dezembro, em Buenos Aires. O ex-presidente prometeu comparecer.
Lula não deve comparecer à posse de Javier Milei. Entretanto, vai enviar representante do governo brasileiro. Ele avalia dois possíveis nomes para a missão: o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ou o chanceler Mauro Vieira.
Nesta terça, Lula afirmou que “não tem que gostar do presidente” argentino nem dos governantes dos demais países sul-americanos. Segundo o petista, as relações devem priorizar políticas de Estado, em busca de um acordo em defesa de interesses comuns.
Confira a lista de agradecimentos de Milei:
Papa Francisco
Luis Almagro (secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA)
Daniel Noboa (eleito presidente do Equador)
David Cameron (ministro das Relações Exteriores do Reino Unido)
Emmanuel Macron (presidente da França)
Gabriel Boric (presidente do Chile)
Giorgia Meloni (primeira-ministra da Itália)
Ilan Goldfajn (presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento)
Isaac Herzog (presidente de Israel)
Kristalina Georgieva (diretora-geral do Fundo Monetário Internacional)
Katalin Novák (presidente da Hungria)
Guilhermo Lasso (presidente do Equador até 2023)
Luis Lacalle Pou (presidente do Uruguai)
María Corina Machado (candidata à presidência da Venezuela)
Narendra Modi (primeiro-ministro da Índia)
Nayib Bukele (presidente de El Salvador)
Nito Cortizo (presidente do Panamá)
Dina Boluarte (presidente do Peru)
Vahagn Khachaturyan (presidente da Armênia)
Rodrigo Chaves (presidente da Costa Rica)
Santiago Peña (presidente do Paraguai)
Volodymyr Zelensky (presidente da Ucrânia).
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