ASCOM/IFRO
Publicada em 24/11/2023 às 16h42
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, realizou a celebração do Novembro Afro, com o tema “Quilombo, Favela e Periferia: A Longa Busca da Cidadania”. O evento contou com a participação do Defensor Público e Presidente do Conselho Estadual da Igualdade Racial, Fábio Roberto de Oliveira Santos, que destacou a importância do respeito à igualdade para a construção de uma sociedade mais fraterna e solidária.
A abertura contou com apresentação cultural da Professora Denise França e seus alunos, interpretando a música “Olhos Coloridos”, composta por Macau. A conferência de abertura, intitulada “Afrofuturismo”, foi proferida pelo Professor do IFRO Campus Guajará-Mirim, Augusto Rodrigues de Sousa.
O Professor do Calama e responsável pelo evento, Uilian Nogueira, contextualizou historicamente o mês de novembro, ressaltando a campanha que visa a evidenciar as lutas e resistências da população negra contra o racismo, o preconceito, a discriminação racial e a desigualdade social. O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi oficializado pela Lei 12.519 de 2011, e recorda as lutas e resistências da população negra.
“O IFRO Campus Porto Velho Calama reafirma seu compromisso com a promoção da cultura afro-brasileira e a conscientização sobre as questões raciais, proporcionando momentos enriquecedores para a comunidade acadêmica e a população em geral. O Novembro Afro no IFRO representa não apenas uma celebração, mas um espaço para reflexão e reconhecimento da importância da diversidade cultural e étnica em nossa sociedade”, afirma o docente.
No segundo dia, o auditório do IFRO Campus Porto Velho Calama foi palco de uma roda de conversa coordenada pela Professora Virgínia Amaral, com a participação da Professora de História, Nabila Pimentel, e do Jornalista da Rede Amazônica, Herbert Novais. Nabila compartilhou seu estudo sobre a primeira Mãe de Santo de Porto Velho, Dona Esperança Rita da Silva, destacando seu papel pioneiro na instituição da religião afro na cidade. E Herbert, que também é presidente da Central Única das Favelas de Rondônia, compartilhou suas experiências no Rio de Janeiro e sua iniciativa de trabalhar junto às favelas do estado. Ele destacou as deficiências enfrentadas por essas comunidades em Rondônia, incluindo a falta de escolas, creches, espaços de lazer e cultura.
Na sala de dança do complexo poliesportivo foram ministradas as oficinas de arte e cultura afroamazônica: percussão e agogô, coordenadas pela Professora Alyne Lourenço. O encerramento do Novembro Afro aconteceu no auditório do IFRO, com a apresentação do Carimbó “Flor do Puruí”, uma expressão cultural de origem negra brasileira, executada por um casal do grupo de dança do Baixo Madeira, da cidade de Nazaré. O grupo musical Mawu-Lisa, de Porto Velho, também foi atração na noite de encerramento do evento, com seu estilo e talento, proporcionando uma animada celebração dentro do ritmo do carimbó e músicas regionais.
O evento contou com o apoio do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi/IFRO/Calama), Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares Afro e Amazônicos (GEPIAA), Centro de Investigações Latino-Americanas e Caribenhas (CILAC) e do SESC (Serviço Social do Comércio/Rondônia).
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