Sérgio Pires
Publicada em 13/12/2023 às 08h57
MAIS UMA INJUSTIÇA QUE O BRASIL PRATICA CONTRA SEUS JOVENS: MAIS DE 11 MILHÕES DELES NÃO ESTUDAM E NEM TRABALHAM
O que dizer de um país com grande parte da sua juventude vivendo fora de qualquer atividade produtiva e, ainda, sequer estuda? Pois essa é a situação do Brasil, onde, segundo o último censo do IBGE, quase 11 milhões de pessoas na faixa etária dos 15 aos 29 anos, não estudam e nem trabalham. Ou seja, não fazem nada que possa lhes preparar para o futuro e para a vida. Isso representa, numa conta matemática simples, 5,2 por cento de toda a população brasileira, na faixa dos 210 milhões. Apenas dos que fazem parte desse grupo, o percentual de jovens sem oportunidade, desocupados em qualquer circunstância do mercado, eles representam 22,3 por cento.
Três Estados brasileiros têm os piores índices neste contexto: o Maranhão, que não dá chance alguma em trabalho e estudo a 37,7 por cento dos seus jovens até 29 anos; Alagoas, cujo índice bate nos 32,2 por cento e o vizinho Acre, com 31,9 por cento. Segundo o IBGE, 78 mil jovens acreanos - um em cada três desta faixa de idade – não trabalham e nem estudam. Em Rondônia, temos nada menos do que 453.536 pessoas entre os 15 e os 29 anos, representando 28,6 por cento de todos os 1 milhão e 852 mil rondonienses.
Por aqui, a situação é um pouco melhor do que a média nacional: um em cada cinco jovens está fora do mercado de trabalho e também não estuda. Precisamos, também aqui na nossa amada Rondônia, melhorar esses índices, para não permitirmos que essa injustiça social se perpetue entre nós.
O que estamos dando aos nossos jovens brasileiros, num percentual muito alto? Quase nenhuma oportunidade, até porque temos ainda, aproximadamente, 18 por cento dos jovens a partir dos 14 anos e até os 29, já adultos, que não completaram o ensino médio ou porque abandonaram ou porque jamais frequentaram uma escola. Somando-se aos analfabetos funcionais, temos mais de 52 milhões de brasileiros sem oportunidade, sem estudo, sem trabalho, sem futuro.
É esse o público imenso ou pelo menos boa parte dele, que vive e viverá dos programas sociais, dos Bolsa Disso; Bolsa Daquilo e que dependerá dos governos (alguns fazem questão de mantê-los assim, sem chance na vida, para manter a todos sob seu tacão) para sempre. Sem conhecimento, sem trabalho, vivendo das migalhas: é assim que o Brasil tratar milhões dos seus cidadãos e cidadãs. E isso não é de agora, mas de décadas infindáveis.
Não há qualquer projeto para acabar com essa tamanha injustiça que se pratica contra tantos homens, mulheres e adolescentes.
ROCHA FECHA UM ANO POSITIVO PARA SEU GOVERNO, COM ALGUNS POUCOS OBSTÁCULOS, MAS COM AVANÇOS E SOLIDEZ FINANCEIRA
O governador Marcos Rocha não pode se queixar do 2023, o primeiro ano do seu segundo mandato. Enfrentou percalços sim, como a questão das ações judiciais contra ele, propostas pelo grupo que perdeu as eleições e que, embora tanto Rocha quanto seus assessores mais chegados negasse, ter tido algum temor, houve sim momentos de tensão nos corredores palacianos. Outro momento difícil foi quando do aumento do ICMS de 17,5 para 19 por cento. Houve tensões, negociações, parceria com a Assembleia, diálogo com as forças produtivas, até que tudo deu certo. Afora isso, o que mais de ruim? Muito pouco. Mesmo não sendo aliado ao governo Lula, o Governador transita tranquilamente pelos ministérios e os investimentos projetados pela União para Rondônia são bem acima do que o foram nos últimos anos. Com o apoio do Estado, a economia andou bem acima dos níveis nacionais, a tal ponto de sermos a Unidade da Federação com o menor desemprego. Os programas sociais deram um salto, sob a liderança da primeira dama e secretária Luana Rocha. As obras andaram em muitas regiões do Estado, algumas com pesados investimentos, como a Rodovia do Boi, já asfaltada em 70 dos seus quase 200 quilômetros. Mesmo com muito disse-que-me-disse; com Fake News aqui e ali; com uma ou outra voz mais forte dentro da oposição que está fragilizada, não houve grandes abalos no Governo rondoniense. Houve avanços, controle financeiro, nenhum escândalo, zero corrupção denunciada ou investigada, ao menos até agora. Rocha, portanto, termina o ano com um governo enxuto, bem feito e com recursos para enfrentar o futuro incerto que vem aí. Poderia pedir mais?
ESTADO PRECISA FICAR AO LADO DOS PRODUTORES E DO AGRONEGÓCIO, CONTRA TUDO O QUE ESTÁ SENDO FEITO CONTRA ELES
Claro que o ano que está chegando, com todas as suas imprevisibilidades; com a sanha arrecadadora do Governo Lula; com uma espécie de guerra declarada aos pequenos produtores (com exceção dos grupos invasores de terras do MST) e ao agronegócio, há nuvens escuras sobrevoando a economia nacional e, obviamente, Rondônia não está fora desse contexto. O que o governo Marcos Rocha precisa fazer, no segundo ano do seu segundo mandato, para tentar chegar ao final dele sem que haja alguma crise mais séria? Tem que controlar os gastos públicos, antes de tudo e fechar o cofre para o que não seja essencial. Tem que cobrar dos órgãos federais (Ibama e Funai, mas também Polícia Federal) que estão atendendo os interesses maiores das ONGs internacionais e atacando, como se polícias de governo fossem e não polícias de Estado, gente pobre e trabalhadora, que tira seu sustento da terra. A batalha tem que se estender por parte importante do Ministério Público e do Judiciário, que estão acatando medidas como as de destruir casas de agricultores, queimar equipamentos e levar seu gado. É tudo o que exigem e cobram as ONGs que dominam a Amazônia, como já está completamente comprovado em depoimentos, ações e vídeos, sempre divulgados pelas redes sociais, já que a grande mídia fecha os olhos e apoia tudo o que vem deste atual governo. Ficar ao lado dos produtores rondonienses e do agronegócio, responsável por grande parte do nosso PIB, será vital para que o governo rondoniense se mantenha em busca de crescimento econômico e a verdadeira justiça social.
FAZER A OBRA DO PRONTO SOCORRO ANDAR NUM RITMO ACELERADO É O MAIOR DESAFIO DO GOVERNO PARA O ANO QUE VEM
Em termos de saúde pública, não haverá desafio maior do atual governo de Rondônia, que não o de exigir que comece a se tornar realidade a obra do Hospital de Urgência e Emergência, o famoso Heuro, que continua apenas um sonho distante, porque quase um ano depois da licitação, muito pouco foi feito para que os prédios que vão abrigar quase 200 leitos, sejam prontos e entregues aos rondonienses. Quando começou a ser construído o prédio da Justiça, na avenida Pinheiro Machado, centro da Capital, pelo sistema Built To Serve, não se imaginava que a obra, completa, com equipamentos e toda a estrutura fosse entregue em tão pouco tempo. Foi o mesmo sentimento de esperança que todos tiveram, quando a Secretaria de Saúde anunciou o mesmo esquema de construção para o novo Hospital de Pronto Socorro, tão importante para a Capital e o Estado e uma obra aguardando há pelo menos três décadas. O que se viu, ao menos até agora, é outra realidade. Pouca coisa construída, a não ser alicerces e problemas legais, incluindo cassação do Alvará de Licença pela obra, pela Prefeitura, decisão já cassada pela Justiça. Nao há, para o rondoniense comum e principalmente para o porto-velhense, obra mais importante do que seu hospital de emergência. Anunciado várias vezes (chegou a ser iniciado no governo Confúcio Moura, mas a obra foi paralisada e nunca mais recomeçou) o Heuro é o caminho da salvação para um João Paulo II sempre superlotado, que nunca dá conta de tanta gente para atender. Chegou a hora de resolver o Heuro. Não dá mais para empurrar com a barriga!
ASSEMBLEIA COMEMORA ANO POSITIVO E AJUDA PELO MENOS 300 CRIANÇAS A TER UM NATAL COM ALEGRIA E PRESENTES
Mais de cinco mil crianças rondonienses vão ter um Natal com um pouco de alegria. Foram elas que mandaram pedidos ao Papai Noel, em todas as regiões do Estado. Todas as cartinhas foram “adotadas”. Cerca de 300 delas o foram por servidores da Assembleia Legislativa do Estado, que entregaram aos Correios, na festa de final de ano do Parlamento, na última segunda-feira, todos os inúmeros presentes coletados entre os funcionários da Casa. Os servidores da ALE, aliás, tiveram uma comemoração muito especial, com o auditório totalmente ocupado, com a distribuição de brindes através de sorteio; com as presenças do Papai Noel e do Coral da Assembleia e, ainda, com os agradecimentos do presidente Marcelo Cruz, que prestigiou o evento. Foi um ano bastante positivo para o Parlamento rondoniense, que sob o comando de Cruz teve múltiplas atividades, todas elas vitais para apoiar o Estado naquilo que lhe cabe e tentar buscar melhorias para o povo rondoniense. O apoio às ações de governo, também ajudaram a Assembleia a cumprir seu papel de fiscal, mas, ao mesmo tempo, de dar guarida a tudo o que pode beneficiar a coletividade. Marcelo Cruz, aliás, foi um Presidente ativo, com mão forte, mas preocupado com diálogo e respeito à Constituição. Quem imaginava que ele seria inexperiente para comandar o Poder, pensou errado. Foi um ano de avanços e melhorias; de respeito aos cidadãos e aos servidores da Casa. É outro político que tem o que comemorar.
RONDÔNIA VAI GANHAR VIADUTO DE 22 MILHÕES NO CONE SUL E DUPLICAÇÃO DA BR EM PIMENTA BUENO, COM OUTROS 33 MILHÕES DE REAIS INVESTIDOS
Com emendas parlamentares (do senador Confúcio Moura e do deputado federal Lúcio Mosquini, entre outros), Rondônia vai ganhar duas importantes obras federais, que devem começar a ser construídos em meados do ano que vem. A primeira delas, será um viaduto sobre o entroncamento da BR 364 com a BR 425, em Colorado do Oeste. Mosquini lembrou que pelo menos cinco municípios serão beneficiados com a obra que terá uma extensão de 1 quilômetro e 400 metros: Clorado do Oeste, Cerejeiras Cabixi, Corumbiara e Pimenteiras. A licitação já feito e a empresa vencedora foi a Madecon, uma das mais respeitadas do Estado, que construiu por exemplo o acesso à ponte do rio Madeira na Ponta do Abunã e está construindo a Rodoviária da Capital, entre outras obras grandiosas. Em 2019, Mosquini destinou uma emenda de 10 milhões de reais à época, para a construção. Hoje, a obra está orçada em 22 milhões. Deve começar em breve. Outro grande avanço vai ocorrer em Pimenta Bueno. Uma obra de 33 milhões de reais (25 milhões de emendas de Mosquini) vai duplicar todo o trecho da BR 364 dentro da cidade, num total de 11 quilômetros, desde a Cerâmica Romana até o Posto Itaporanga. Em ambos os casos, o parlamentar, que destinou a maior parte dos recursos para ambas, avisa que está acompanhando de perto todos os preparativos para as duas grandes melhorias que atingirão o Cone Sul e a região de Pimenta Bueno.
FORÇAS OPOSTAS NÃO CONSEGUEM SUPERAR UMA A OUTRA, MAS A VERDADE É QUE A BR 319 CONTINUA SEM ASFALTO
Ao menos por enquanto, o asfaltamento do Trecho do Meio, cerca de 400 quilômetros da BR 319, continua num impasse. Enquanto a ministra Marina da Silva continua dizendo asneiras sobre a rodovia, como a que os moradores do Amazonas e de Rondônia querem o asfalto para passear de carro, a pressão para que a obra seja feita também é forte. Claro que não tão forte quanto uma ministra de Estado, ainda mais quando ela reza apenas pela cartilha ambientalista das ONGs internacionais, ignorando os interesses da imensa maioria dos amazônidas, mas mesmo assim há uma mobilização de entidades, que não estão aparelhadas e que exigem o direito de ir e vir, com a volta do asfalto a uma estrada que existe desde os anos 70 e que já teve todos os seus quase 900 quilômetros asfaltados. Deputados estaduais, federais, senadores e governadores de toda a região, estão pressionando o governo federal pela pavimentação da BR 319. Uma das vozes mais potentes, que aborda o assunto com entusiasmo e pesadas críticas à posição do Ministério do Meio Ambiente e sua titular, é o senador Plínio Valério, do Amazonas. Toda a bancada rondoniense na Câmara Federal, também tem se pronunciado em uníssono a favor da obra. No Senado, Marcos Rogério e Jaime Bagattoli já tem se pronunciado diversas vezes, exigindo o asfaltamento da 319. No lado de Marina, há grande numero de magistrados; membros do Ministério Público Federal, do Ibama e Funai, entre outros. A briga ainda vai longe. Por enquanto, Marina e sua turma estão ganhando.
CANDEIAS SANGRA, POPULAÇÃO SOFRE E PREFEITURA NÃO TEM DINHEIRO NEM PARA PAGAR O RECOLHIMENTO DO LIXO
Ridícula a situação de Candeias do Jamari. Uma vergonha! Uma cidade com 22 mil habitantes, todos desrespeitados por uma sucessão de prefeitos e vereadores que, cada um com sua culpa, jogaram a cidade no caos. Sem dinheiro para nada, a Prefeitura suspendeu o recolhimento do lixo, porque não consegue pagar 500 mil que deve, colocando uma empresa contratada e seus funcionários no desespero, porque não haverá Natal e nem salários, pela irresponsabilidade do contratante. O caso do lixo é sintomático, porque parece ser como lixo que a classe política da cidade, guerreando por cargos, salários e poder há mais de uma década, conseguiram jogar o povo trabalhador de Candeias do Jamari. Não há, por lá, qualquer questão mais importante do que a guerra de grupos políticos e de lideranças, algumas que põe a cara a tapa, mas outras que se escondem, apenas para colocar fogo na gasolina. Não há explicação para que uma Prefeitura deficitária, com suspeitas de uma série de irregularidades, que demitiu 300 comissionados e nada mudou, a não ser a economia que será feita daqui para a frente (se o novo Prefeito não recontratar todo o mundo de novo!) não consiga cumprir seus compromissos mais básicos. Agora a cidade espera por decisão do Tribunal Regional Eleitoral para marcar data de nova eleição. Vai adiantar alguma coisa? Muitos dos Prefeitos cassados na última década, foram legitimamente eleitos. Candeias sangra. Quando surgirá alguém para curar as feridas e colocar a cidade nos trilhos, novamente?
PERGUNTINHA
Na sua opinião, as previsões desastrosas anunciadas por ambientalistas sobre aumento das águas do mar, invasão de cidades à beira dos oceanos; ondas de calor insuportáveis para o ser humano, são baseadas na realidade ou exageradas para valorizar as teorias, ideias e produtos que esse pessoal defende e comercializa pelo Planeta, fazendo fortuna?
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