Waldir Costa / Rondoniadinamica
Publicada em 30/12/2023 às 10h02
A partir de segunda-feira (1º) teremos o início do ano de 2024 com muita expectativa, preocupação e esperança, lógico. Queremos, por exemplo, que acabem a imbecilidade da guerra Rússia-Ucrânia e o festival de horrores com o conflito sangrento Israel-Hamas. O caminho para o futuro não é com matanças de pessoas.
Temos ciência que há preocupação com a superpopulação, o que é compreensível. É necessário se preparar para o futuro. Sabemos de a necessidade de controlar a natalidade, mas não abortando como pregam muitos ignorantes. Se hoje já existe a fome certamente ela será mais intensa no futuro, caso não sejam tomadas as devidas providências.
O mundo está complexo em todos os sentidos. Os “donos” do Poder pregam solidariedade, mas praticam exclusividade, o primeiro Eu. Se sobrar, vou continuar priorizando Eu. O Nós é somente “balão de ensaio”, formalidade, porque na prática quem mais tem, mais quer. Nem todos, lógico, mas a maioria sim.
A tão propalada solidariedade pregada por religiosos, de todas as camadas é exercida somente “da boca pra fora”. Na prática, a maioria, guardadas as devidas proporções, está preocupada em cada vez mais estufar seus cofres. Vivem na mordomia explorando a fé dos pobres.
O Brasil é um país atípico. Com uma área territorial invejável, com climas variados ao longo do ano e produtivo os 12 meses e merece um cuidado maior dos nossos governantes. Hoje, e assim será no futuro, enquanto houver mundo, o Brasil terá a responsabilidade de alimentar a humanidade, porque não há país no Planeta, que tenha área territorial produtiva o ano todo como nessa terra abençoada e tão mal cuidada.
A preocupação com o futuro é devido a resiliência de a maioria do povo brasileiro, que vota com o estômago e não com o cérebro. Povo que vota a cada dois anos e nunca aprende. Temos plena consciência, que nada é 100% na vida, e o mesmo ocorre na política e em qualquer segmento da sociedade. Mas as pessoas de bem deve ser a maioria.
O Brasil de hoje, que tem uma eleição presidencial muito contestada, quando Lula da Silva (PT) se elegeu em outubro de 2022 deve –ou deveria– se alinhar ao governo. Não ser subserviente, omisso, conivente, como hoje onde se troca apoio pelas famigeradas emendas parlamentares astronômicas, um “câncer” da Constituição de 1988, que permitiu ao legislador, executar. A situação piorou, após elas se tornarem impositivas.
A política deve ser praticada na sua essência. Os adversários devem se digladiarem durante a campanha eleitoral, mas o vencedor tem que ter o apoio dos demais, para poder governar. A oposição é necessária, fundamental dentro de um processo político-democrático, mas não pode ser radical. O vencedor, seja por um voto é o escolhido pela maioria da população e deve receber apoio ao seu trabalho, pois precisa governar.
Em outubro de 2024 teremos eleições municipais, quando serão eleitos –ou reeleitos– prefeitos e vereadores. Ocorrerão eleições em mais de 5,5 mil municípios, uma ótima oportunidade de o eleitor se conscientizar, que o voto é a outorga de uma concessão para que o político-eleito seja o seu representante, no Executivo ou no Legislativo. O voto deve –e precisa– ser criterioso, coerente, justo.
A cobrança do eleitor pelo voto deve existir, sim, mas de forma coletiva exigindo em troca propostas viáveis. O eleitor tem que se conscientizar, que é importante que todos estejam bem, o patrão o empregado. Não há como todos serem patrões, sempre teremos patrões-empregados, porém é fundamental, que toda família tenha alimento à mesa, uma casa decente para morar e emprego para garantir o sustento.
Nem todos podem comer picanha, mas tem o direito de se alimentar com carne. Se não pode andar de carro do ano, como o patrão, no mínimo tenho que ter um carro usado, uma motocicleta, uma bicicleta para se locomover. Jamais seremos iguais, e o nosso digital caracteriza isso, mas no mínimo, precisamos ter uma vida digna.
Que o 2024 seja de muita saúde a todos. Que Deus de sabedoria para que o eleitor possa enxergar além do que está a frente, para que possamos eleger o maior número de prefeitos e vereadores comprometidos com as reais necessidades de a maioria da população.
Feliz Ano Novo
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