Metrópoles
Publicada em 16/02/2024 às 14h39
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou queda de 0,65% em fevereiro, depois de alta de 0,42% em janeiro. O resultado foi melhor do que as previsões do mercado, que esperava um recuo em torno de 0,40%. Essa foi a maior queda do indicador desde agosto de 2022, quando registrou baixa de 0,69%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (16/2) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
Em 2024, o IGP-10 caiu 0,23%. A taxa acumulada em 12 meses está negativa em 3,84%. O indicador é formado por três dados sobre a inflação. Cada um deles mede a variação dos preços em um segmento: no atacado (com 60% de peso no total), ao consumidor (30%) e na construção civil (10%), entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual. Nem todos os números caíram em fevereiro.
Os preços no atacado, aferidos pelo IPA-10, tiveram redução de 1,08% até o dia 10 deste mês, contra uma elevação de 0,42% em janeiro. Os preços ao consumidor, verificados pelo IPC-10, subiram 0,62% em fevereiro, depois de avanço de 0,46% em janeiro. Na construção civil, cujo índice é o INCC-10, subiu 0,10% em fevereiro, ante salto de 0,39% em janeiro.
Fator mandioca
Na avaliação do economista André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV Ibre, as “flutuações mais marcantes estão relacionadas a itens cuja produção é sensivelmente impactada por variações climáticas”. O destaque, nesse caso, vai para produtos como tubérculos e frutas. “A mandioca, por exemplo, reverteu um declínio de 2,61% em um expressivo crescimento de 10,45%”, diz. “O aumento da laranja acelerou de 5,82% para 9,33%.”
Em relação às principais commodities agrícolas, uma mudança significativa de tendência foi percebida desde janeiro. “O milho, que havia aumentado 10,52%, sofreu uma queda para -4,99%”, afirma Braz. “A soja registrou uma redução drástica de seu valor, indo de uma diminuição modesta de 1,26% para um recuo acentuado de 15,01%.”
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