R7
Publicada em 25/03/2024 às 15h20
A Polícia Federal já sabe para quem Mauro Cid enviou os áudios em que criticou a conduta da corporação e do ministro Alexandre de Moraes no acordo de delação premiada. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (25) à RECORD, no entanto, a identidade do interlocutor permanece em sigilo.
Cid foi preso na sexta-feira (22) após depor ao STF (Supremo Tribunal Federal) sobre os áudios. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi ouvido por cerca de meia hora. O militar chegou a desmaiar durante o depoimento.
Na gravação, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro afirma que o Alexandre de Moraes e a PF já decidiram condenar o ex-presidente e aliados, e agora buscam apenas confirmar narrativas. Ele diz ter sido coagido pelos policiais durante a delação. “Todas as vezes eles falavam: ‘Ó, mas a sua colaboração... Ó, a sua colaboração está muito boa’. Ele [o delegado], até falou: ‘Vacina, por exemplo, você vai ser indiciado por nove negócios de vacina, nove tentativas de falsificação de vacina. Vai ser indiciado por associação criminosa e mais um termo lá’. Ele falou assim: ‘Só essa brincadeira são 30 anos para você’."
O STF justificou o novo mandado de prisão por descumprimento das medidas cautelares e obstrução à Justiça. A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, divulgou uma nota na quinta-feira (21) negando que o millitar questione as investigações da Polícia Federal sobre ele. O comunicado diz que Cid passa por um momento de angústia pessoal devido às apurações da corporação.
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