Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 30/03/2024 às 10h05
Há tempo que a BR 364 não é motivo de comentários, geralmente pejorativos, pois no período atual, que é de Inverno Amazônico (dezembro a maio) chove forte quase todos os dias e a pavimentação de rodovia vai sendo tomada por buracos, principalmente no trecho entre Vilhena a Porto Velho, com cerca de 700km. O RONDÕNICA DINÂMICA sempre alertou sobre a situação, inclusive, que os tapa-buracos que ocorriam em anos anteriores somente favoreciam as empreiteiras, que faturavam alto.
Estamos, ainda, em período de chuvas torrenciais em toda a Região Norte situação que deverá perdurar até o próximo mês de maior, mas o temível “Corredor da Morte”, trecho da 364, de Porto Velho a Vilhena está relativamente em condições favoráveis de tráfego, com alguns buracos e alagamentos, como às imediações da ponte sobre o Rio Jamari, entre Itapuã do Oeste a Ariquemes, mas dentro da normalidade em razão da excepcionalidade de condições climáticas da região.
A 364, única ligação rodoviária de Manaus com Rondônia e os demais Estados, deverá passar por uma reformulação e posterior duplicação, melhorias sempre cobradas pelo RD. A principal rodovia federal em Rondônia foi construída na década de 70, por isso, não tem alicerce em condições de suportar a demanda de o tráfego atual. Se antes o trânsito “pesado” era de jamantas, que transportavam cerca de 15 toneladas de carga, hoje, as carretas, bitrens e treminhões chegam a 60 toneladas.
O anúncio recente, de o Governo Federal da restauração (não recuperação) da BR 364, a princípio em parte do trecho (500km) do “Corredor da Morte” e de terceiras pistas em locais estratégicos repercutiu bem perante a população. O ideal seria duplicação total, mas a iniciativa, será o início e certamente teremos todo o trecho duplicado em futuro próximo.
Também é necessário destacar o movimento do tráfego pesado de aproximadamente 2,6 mil veículos/dia em períodos de safras de grãos (soja, milho, café), além da carne, que são exportados via porto graneleiro de porto Velho, no Rio Madeira. Além dos veículos de passeio.
Oura iniciativa importante do Governo Lula é a recuperação da BR 319, que sofre enorme resistência de “ecologistas da selva da pedra”. A maioria nunca veio à Amazônia, a não ser a passeios de aviões e helicópteros; de a maioria das ONGs que são bancadas com recursos que deveriam ser investidos na preservação da região e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, “ecologista” por conveniência.
Provavelmente por interferência do filho do presidente Lula, o Lulinha, que mora em Manaus e recentemente disse que iria percorrer a BR 319 e levar ao pai a realidade da situação da rodovia, o Governo Federal tenha se comprometido a recuperá-la. Em novembro último foi criado um grupo de trabalho para analisar a situação da 319, e o resultado certamente foi levado ao presidente, que anunciou há dias a recuperação da 319, apesar de protestos dos pseudos “ecologistas”.
Em janeiro um grupo do Ministério dos Transportes esteve em Rondônia, para analisar e discutir a situação da BR 319. E com certeza coletaram as informações necessárias de moradores, políticos, técnicos, que moram na região e sabe da realidade, bem diferente da ministra Marina Silva, radical e indiferente com a situação de a maioria das ONGs, que são beneficiadas com os recursos do Fundo Amazônico, que todos sabem que existe, mas não onde é aplicado.
A luta pela restauração e duplicação da BR 364 no trecho Porto Velho a Vilhena e da repavimentação da BR 319 é uma luta, quase isolada do RD. Há anos estamos cobrando e se posicionando sobre as rodovias, inclusive apoiando o senador Confúcio Moura (MDB), que sugeriu, com muita propriedade, a transformação da 319 em uma Estrada Parque, fechada para o tráfego pesado durante os finais de semanas, aberta somente para o turismo.
Na Europa e Estados unidos não há árvores nativas, somente de reflorestamentos. Eles não estão interessados em preservar nossa Amazônia, mas sim no seu subsolo, rico em ferro, manganês, cobre, alumínio, zinco, níquel, cromo, titânio, fosfato, ouro, prata, platina, paládio, diamante, cassiterita, petróleo.
Que o governo Lula da Silva tenha consciência da importância e da necessidade econômica, social, financeira da BR 364 para a Região Norte. Que o radicalismo, em defesa de interesses escusos seja ignorado e o povo possa ter uma rodovia digna de sua riqueza, transitável o ano todo, fiscalizada e dotada de toda a infraestrutura por exemplo, de uma Estrada Parque, como sugeriu recentemente o senador Confúcio Moura (MDB-RO).
URL: https://rondoniadinamica/noticias/2024/03/br-364-transitavel-mesmo-no-inverno-amazonico-e-319-ainda-um-projeto,186677.shtml