Metrópoles
Publicada em 03/04/2024 às 15h19
O presidente de Botsuana, Mokgweetsi Masisi, ameaçou enviar 20 mil elefantes para a Alemanha em meio à um impasse diplomático com o governo de Olaf Scholz envolvendo a importação de troféus de caça, como as presas do animal.
No início deste ano, o Ministério do Meio Ambiente da Alemanha apelou para uma redução na importação de presas de marfim vindas de elefantes caçados de forma ilegal, o que irritou o líder botsuanês.
“É muito fácil sentar-se em Berlim e ter uma opinião sobre os nossos assuntos em Botsuana”, disse Masisi em entrevista ao site alemão Bild. “Estamos pagando o preço da preservação desses animais para o mundo”, afirmou.
De acordo com Mokgweetsi Masisi, as medidas propostas pelo governo alemão impactariam diretamente na economia e ecossistema do país.
Atualmente, além de ser uma fonte de renda para a população local, a caça de elefantes tem ajudado no controle da espécie em Botsuana, que abriga cerca de 130 mil animais da espécie e tem enfrentado problemas como a destruição de propriedades e acidentes com pessoas.
“Os alemães deveriam tentar viver com os animais, da maneira que vocês estão tentando nos dizer”, desafiou Masisi.
Botsuana chegou a proibir caça
Segundo um relatório da Humane Society International, divulgado em 2021, a Alemanha é o maior importador de presas de marfim da União Europeia e de troféus de caça em geral.
Botsuana chegou a proibir a caça de elefantes em 2014. Contudo, em 2019 o governo levantou as restrições após pressão da população local e agora emite cotas anuais para pessoas com licenciamento para realizar a caça dos animais.
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