Waldir Costa / Rondoniadinamica
Publicada em 20/04/2024 às 10h29
As eleições municipais (prefeito, vice e vereadores) estão a menos de seis meses. As lideranças políticas estão se ajustando para somar o maior número de prefeitos e vereadores em outubro próximo, para que em 2026, quando serão eleitos (ou reeleitos), presidente da República, governadores e seus vices; duas das três vagas ao Senado de cada Estado e do Distrito Federal, Câmara Federais e Assembleias Legislativas.
Devido à importância das eleições gerais de 2026, as municipais deste ano serão fundamentais para os projetos políticos-futuros. O prazo de filiações partidárias a quem pretendia concorrer este ano terminou no início deste mês. Os vereadores que tinham intenções de mudarem de partido, também aproveitaram a “Janela Partidária”, que garante a opção sem a possibilidade de perda de mandato por infidelidade partidária, para mudarem de sigla partidária.
Os dirigentes partidários, desde o fim das filiações se empenham na formação de chapas, estudando parcerias para as federações e montarem grupos em condições, não somente de concorrer este ano, mas garantir um caminho seguro no futuro. Em 2026, além do presidente da República em nível de Brasil, Rondônia elegerá o novo governador e o vice, além de as eleições a deputado federal (oito vagas), 24 na Assembleia Legislativa e duas das três ao Senado, assim como os demais Estados e o Distrito Federal.
A escolha de nomes a prefeito, vice e vereadores será fundamental nos principais municípios de Rondônia, para que os grupos políticos tenham bases mínimas para suas pretensões em 2026. Porto Velho, por exemplo, é o maior colégio eleitoral do Estado com cerca de 350 mil eleitores. Eleger o prefeito e um bom número de vereadores será da maior importância para as eleições gerais daqui a 30 meses.
O assunto principal da OPINIÃO são as eleições ao Senado de 2026, quando teremos em disputa duas das três vagas, que hoje são ocupadas pelo presidente regional do PL, Marcos Rogério e o líder maior do MDB, Confúcio Moura. Ambos não se manifestaram, publicamente, sobre pré-candidatura à reeleição, e estão corretos. Não é o momento, ainda. Mas temos o direito de especular.
Tanto Confúcio como Rogério podem optar por uma candidatura ao Governo do Estado. Confúcio já ocupou o cargo duas vezes consecutivas e renunciou no último ano do segundo, porque disputou o Senado, e se elegeu. São dois nomes com forças políticas suficientes para buscarem mais um mandato de senador, ou entrar na disputa a governador. Marcos Rogério concorreu a governador em 2022, O assunto está mais à frente.
Mas temos vários outros nomes em condições de pré-candidaturas ao Senado em 2026, além de Marcos Rogério e Confúcio Moura. No mínimo mais cinco políticos, atuantes, com muitas chances de sucesso.
Não há como negar, por exemplo, a força política da deputada federal Sílvia Cristina (PL), que iniciou na política como vereadora em Ji-Paraná e rapidamente chegou à Câmara Federal. Está no segundo mandato, e seguramente tem a maior e melhor folha de bons serviços prestados a Rondônia, com destaque na área social.
Se estamos sempre criticando as “emendas parlamentares”, que surgiu com a Constituição de 1988, que possibilita ao legislador praticamente executar, que não é sua função política, mais agora, porque hoje, as emendas são impositivas, ou seja, tem que serem liberadas dentro do mandato Executivo, sob pena de improbidade administrativa, temos que reconhecer, que Sílvia Cristina realmente, distribui com muita competência suas emendas.
Sílvia Cristina é um nome de ponta para as eleições ao Senado de 2026. Anote.
O governador Marcos Rocha (UB), reeleito em 2022 está no segundo ano do segundo mandato e também consta no topo da lista de pré-candidatos ao Senado em 2026. Sua participação nas eleições municipais deste ano será vital para suas pretensões políticas futuras. Está no comando do Poder Executivo, foi reeleito em segundo turno e vem realizando um trabalho considerado bom pela maioria da população e tem chances de conseguir uma das duas vagas ao Senado.
Além de Sílvia Cristina e Marcos Rocha, o grupo de Direita também tem o senador Marcos Rogério, que disputou o segundo turno em 2022 com Rocha e foi derrotado por menos de 5% dos votos válidos. A dúvida é se optará pela pré-candidatura à reeleição ou novamente o Governo do Estado. Rogério e Rocha, além do também senador Jaime Bagattoli são as forças da Direita liderada pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro em Rondônia.
Político ligado à Direita, que vem em constante crescimento no segmento, desde sua eleição a vereador em Ariquemes, o deputado estadual, Alex Redano (Republicanos), confidenciou a amigos que, dependendo das circunstâncias do momento poderá concorrer a uma das duas vagas ao Senado em 2026. Redano já está eleito presidente da Assembleia Legislativa (Ale) e assumira, pela segunda vez o cargo, no próximo ano. Corre por fora, mas caso Confúcio, que é da mesma região (Ariquemes) opte pela tentativa de reeleição, ficará prejudicado em sua base.
O grupo de centro-esquerda também se mobiliza visando as eleições de outubro próximo, mas com o pensamento em 2026. Hoje temos dois nomes com muitas chances de sucesso nas urnas. Um deles, Acir Gurgacz, que preside o PDT no Estado e já passou pelo Senado. Hoje está inelegível, mas até 2026 certamente terá condições legais de disputar eleições. Se conseguir legalidade eleitoral é nome a ser considerado.
A ex-senadora Fátima Cleide, do PT, partido de esquerda, hoje, de pouca representatividade em Rondônia, onde predomina a Direita seria a força política do segmento na busca de uma das duas vagas ao Senado em 2026. Sua passagem pelo Senado foi das mais positivas e ela tem todo o direito, e muitas chances, de viabilizar seu nome para uma pré-candidatura ao Senado daqui a 30 meses.
Há enormes possibilidades de o PT compor com o PSB, presidido no Estado pelo jovem professor universitário Vinícius Miguel, que já disputou eleições ao Governo do Estado, Prefeitura de Porto Velho e Câmara Federal. Miguel pretende encabeçar um grupo de oposição tendo o PT como principal parceiro na disputa pela prefeitura da capital.
No caso de sucesso nas urnas, hipótese que não pode ser descartada o grupo estará alicerçado para entrar firme nas eleições de 2026, não somente em busca de uma das duas vagas ao Senado, mas também o Governo do Estado,
O assunto predominante são as eleições municipais de outubro, mas como tudo está no campo das negociações. As parcerias somente serão efetivadas nas convenções partidárias, que serão realizadas no período de 20 de julho a 5 de agosto.
As eleições deste ano estão entre as prioridades, mas é pauta para as próximas OPINIÕES, assunto que deverá monopolizar o noticiário, devido as convenções que estão próximas,
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