Rondoniadinamica
Publicada em 03/05/2024 às 10h52
Porto Velho, RO – Em meio a críticas e um debate acalorado sobre a prática do "grau" em Porto Velho, o diretor-geral do Departamento de Trânsito de Rondônia (Detran/RO), Léo Moraes, enfrenta uma situação delicada. Uma reunião recente com membros da Associação de Motoboys e Ciclistas por Aplicativo de Rondônia (AMOCIR) se intensificou após acusações e um áudio vazado, mas é essencial olhar além do confronto direto e entender as razões subjacentes às decisões de Moraes.
O "grau", prática em que motociclistas empinam suas motos em vias públicas, muitas vezes modificadas para emitir ruídos excessivos, é mais do que uma questão de perturbação da paz. Representa um risco significativo à saúde pública, especialmente para crianças neuroatípicas, como as autistas, que são extremamente sensíveis a sons altos. As consequências vão desde o desconforto agudo até crises de irritabilidade e ansiedade, afetando diretamente a qualidade de vida desses jovens.
Além disso, os encontros de motociclistas associados ao "grau" frequentemente resultam em problemas mais graves de segurança. Durante as operações de fiscalização do Detran/RO, várias motocicletas envolvidas nestas atividades foram identificadas como produtos de furto ou roubo, apontando para uma ligação preocupante entre essas práticas e atividades criminosas no município.
Os impactos não se limitam aos humanos; animais domésticos, como cães, também sofrem com o barulho excessivo, o que eleva a prática do "grau" a uma questão ambiental. Essa situação poderia até chamar a atenção do Ministério Público de Rondônia, considerando os transtornos causados à fauna urbana.
Apesar das críticas e do momento de exaltação de Moraes ao ser acusado de mentiroso, é imperativo reconhecer que sua postura visa proteger o público. Discutir um local adequado para essa prática é válido, mas deve-se concordar que as áreas urbanas densamente povoadas de Porto Velho não são o ambiente para tal. A segurança dos cidadãos e a ordem pública devem ser as máximas prioridades.
Embora seja verdade que um funcionário público deve estar preparado para enfrentar críticas, mesmo aquelas infundadas ou exageradas, não se pode ignorar que a base de sua argumentação é a segurança e a legalidade. Negociar ou ceder em questões que podem colocar em risco a vida dos cidadãos seria, sem dúvida, uma irresponsabilidade.
Portanto, enquanto é essencial para um funcionário público manter a compostura sob pressão, a firmeza de Léo Moraes na proibição do "grau" em áreas urbanas destaca seu compromisso com a segurança e a ordem pública. Em um ambiente tão complexo e desafiador quanto o trânsito de uma capital que cresce rapidamente, a priorização da segurança dos cidadãos e a manutenção da legalidade não são apenas ações responsáveis, mas imperativas.
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